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A Nova Economia é uma falácia?

Algumas vozes da indústria questionam a existência da Nova Economia, argumentando que não há uma separação real entre os modelos tradicionais e os novos paradigmas de negócios. Mas será que isso é verdade?

João Kepler: "A questão não é se a Nova Economia existe, mas se sua empresa sobreviverá sem adotar e entender esse movimento" (Pin People/Divulgação)

João Kepler: "A questão não é se a Nova Economia existe, mas se sua empresa sobreviverá sem adotar e entender esse movimento" (Pin People/Divulgação)

João Kepler
João Kepler

CEO Equity Fund Group e colaborador

Publicado em 7 de março de 2025 às 16h48.

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Algumas vozes da indústria questionam a existência da Nova Economia, argumentando que não há uma separação real entre os modelos tradicionais e os novos paradigmas de negócios. Dizem que a mudança sempre existiu e que chamar algo de “Novo” apenas cria uma ilusão de ruptura.

Mas será que isso é verdade? Ou será apenas uma tentativa de minimizar a transformação que já está em curso?

Os céticos argumentam que a Nova Economia não passa de um conceito abstrato, usado para vender ideias e treinamentos, sem uma base real. Para eles, empresas de qualquer setor sempre inovaram e se adaptaram ao longo do tempo. Dizem que diferenciar Velha e Nova Economia é ignorar que empresas tradicionais também podem ser inovadoras e competitivas. Até que faz sentido! E além disso, apontam que muitas startups fracassam, provando que nem todo modelo novo é sustentável. Aqui eles confundem alho com bugalho!.

O outro argumento contra a Nova Economia é que nem todas as empresas podem ou precisam inovar ou operar sob essa lógica. Negócios familiares, indústrias tradicionais e empresas com décadas de história podem continuar crescendo sem aderir a modelos digitais, escaláveis ou baseados em Equity. Afinal, se a Velha Economia ainda gera lucro, por que abandoná-la? Sim, o Lucro é bom e precisa ser mantido no seu Motor 1.

Mas há um detalhe que os céticos ignoram é que a Nova Economia não é uma questão de escolha, mas de adaptação. Empresas não precisam querer fazer parte dela, porque ela já faz parte do mercado. Modelos baseados em ecossistema, no Jogo Infinito, em Plataformas de Negócios e Camadas de Serviço, com uso da inteligência artificial, baseadas na descentralização, na experiência e na geração de comunidades, não são apenas tendências, são a nova forma de gerar valor. A questão não é se a Nova Economia existe, mas se sua empresa sobreviverá sem adotar e entender esse movimento.

Novo ativo estratégico: o EQUITY

Ser NOVA não é apenas sobre tecnologia. Ao longo da história, a mudança no comportamento das pessoas, da tecnologia e dos consumidores sempre deu vida a novas economias, da Revolução Industrial até a Pandemia recente, quando o fechamento de empresas escancarou a necessidade de adaptação. As coisas acontecem e o mundo muda, e os negócios precisam mudar com ele.

A verdade é que os empresários que operam com a mentalidade da Velha Economia enfrentam desafios cada vez maiores. A previsibilidade e o controle não garantem mais sucesso quando consumidores exigem personalização, agilidade e engajamento. Empresas que resistem à transformação digital perdem mercado para concorrentes mais ágeis, com modelos mais escaláveis e maior capacidade de adaptação.

Quanto mais lutar contra, mais tempo se perde para a verdadeira adaptação. Não se trata de dar um cavalo de pau em um transatlântico, mas de acoplar jetskis para validar novos modelos mais ágeis.

Além disso, a Nova Economia trouxe um novo ativo estratégico: o EQUITY, que é uma moeda muito valiosa hoje em dia. Empresas modernas não dependem apenas de caixa e financiamentos tradicionais, mas criam valor compartilhado, envolvendo investidores, talentos e clientes em seu crescimento. Startups e negócios digitais já utilizavam Equity para escalar rapidamente, algo que empresas presas na lógica antiga não conseguem replicar com a mesma velocidade e eficiência.

Então, a Nova Economia é uma falácia? Não. O que é uma falácia é achar que o jogo continua o mesmo. Empresas que não entendem isso correm o risco de serem esmagadas pela própria negação.

O mercado não espera, ele evolui.

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