COCA-COLA: uma das marcas mais lembradas pelos brasileiros / Eric Gaillard/Files/ Reuters
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2016 às 06h26.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.
Às vésperas de divulgar seu primeiro balanço trimestral de 2016, nesta quarta-feira, a Coca-Cola se depara com uma crise a ser resolvida. A previsão é que as vendas da Coca-Cola cheguem a 10.29 bilhões de dólares, menor do que os 10.7 bilhões que a companhia reportou no primeiro trimestre de 2015.
Na segunda-feira, a concorrente PepsiCo já havia declarado queda de 3% na receita do primeiro trimestre, para 11,8 bilhões de dólares. O consumo de refrigerantes vem caindo desde 1999 nos Estados Unidos. Em 2015, cada americano bebeu cerca de 150 litros de refrigerante, 25% a menos que em 1998.
O problema é global. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o consumo de refrigerantes caiu 20% nos últimos 6 anos. A Coca-Cola anunciou uma queda de 5% nas vendas no mercado brasileiro no ano passado. A Ambev, responsável por marcas como Pepsi e Guaraná Antártica, viu seu volume de vendas de bebidas não-alcóolicas cair 5,2% entre 2014 e 2015.
“O mercado de refrigerantes está numa encruzilhada”, diz Adalberto Viviani, consultor especializado em bebidas. “Os consumidores estão buscando alimentos mais saudáveis, e os refrigerantes viraram algo a ser evitado por uma geração que se preocupa mais com saúde”.
Para reverter o quadro, a Coca-Cola aposta em chás orgânicos e sucos de frutas industrializados, um mercado que se manteve estável nos últimos anos, de acordo com dados do Euromonitor. A companhia também está investindo em embalagens menores e personalizadas, que podem ser consumidos em diferentes ocasiões – e são mais lucrativas. Em outra frente, a Coca-Cola pretende abrir mão de suas operações de embalagem e distribuição até 2017, e focar na produção de novos produtos.
É uma máxima dos negócios que se aplica com perfeição ao momento da companhia: o que nos trouxe até aqui não vai nos levar adiante.