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Após aprovar o plano, Oi passa por novas incertezas

Para chegar a uma decisão, a companhia aceitou pagar juros maiores no pagamento das dívidas e ofereceu mais vagas no conselho de administração

OI: assembleia de credores da companhia segue para um final nesta quarta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

OI: assembleia de credores da companhia segue para um final nesta quarta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 07h13.

Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 07h28.

Terminou às 2h30 da manhã a assembleia de credores da telefônica Oi, no Riocentro, no Rio de Janeiro, com a aprovação de um plano de recuperação judicial da empresa. Para chegar a uma decisão depois de 15 horas de discussão, a companhia aceitou pagar juros maiores no pagamento das dívidas e ofereceu mais vagas no conselho de administração.

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A diretoria da Oi será mantida por um ano após a homologação da proposta e as mudanças seguintes serão definidas pelo conselho, que agora tem três indicados pelos novos acionistas, antes apenas uma cadeira na composição anterior. Todos os recursos obtidos com a venda de ativos devem ser investidos na empresa nos próximos cinco anos.

“Nunca pensei em chegar a esse dia com uma vitória tão brilhante”, disse o presidente da companhia, Eurico Teles, após o anúncio do resultado. Mas uma série de pontos ainda em aberto deve arrastar a definição. O BNDES, por exemplo, dono de 4,68% das ações da empresa e credor com garantias, votou a favor do plano, mas afirmou que nem todos os seus pedidos foram atendidos. A Anatel, credora de 14 bilhões de reais, votou contra o plano que prevê pagamentos em 20 anos.

Uma dúvida é como a decisão afetará as ações da companhia nesta quarta-feira. Ontem, com o cenário nebuloso, os papeis variaram bastante. As ações ordinárias chegaram a subir mais de 4%, mas fecharam o dia em queda de 1,4%, enquanto as preferenciais terminaram o pregão subindo 3,7%.

Ambos os papéis tiveram queda acentuada desde o dia 12, quando foi apresentado o atual plano de recuperação. Os acionistas acreditam que o atual plano beneficia muito os maiores credores, que podem tornar-se donos de até 75% da companhia após o fim da recuperação.

A sessão foi suspensa por três vezes ao longo do dia. Com o passar do tempo, foi ficando mais claro os votos de alguns dos principais interessados.

A definição abre uma nova série de indefinições para a Oi, mas é um raro passo adiante numa empresa que há um ano e meio se enrola na maior recuperação judicial da história do país.

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