Eduard Folch, presidente da Allianz no Brasil: "Estamos sempre olhando oportunidades" (Túlio Vidal/Divulgação)
Natália Flach
Publicado em 10 de julho de 2020 às 21h13.
Última atualização em 10 de julho de 2020 às 23h07.
Com a aquisição da carteira de automóveis e ramos elementares da SulAmérica por 3,2 bilhões de reais — que foi concluída nesta sexta-feira, 10 —, a Allianz dobra de tamanho no Brasil e passa a responder por 70% do grupo na América Latina. Com isso, a região terá uma participação de 8% no faturamento global de property-casualty. "A meta é sempre crescer", afirma Eduard Folch, presidente da seguradora no país, em entrevista à EXAME. "Agora, temos a segunda maior operação do mercado de automóveis e a terceira de ramos elementares."
A saga da compra da carteira da SulAmérica começou em agosto do ano passado, quando se projetava um quadro bem diferente para a economia brasileira em 2020, fustigada pela crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus. Quando perguntado sobre cenários tão distintos, Folch diz que a estratégia de aquisição continua válida.
"Trata-se da maior operação da Allianz no Brasil, então, não olhamos apenas para os efeitos nos próximos três ou quatro meses. Desenhamos o impacto para os próximos anos. O produto interno bruto vai voltar a crescer, assim como a classe média; seguimos confiantes."
A integração das duas operações será feita em etapas e deve chegar ao fim em 2022. Até lá, os clientes continuarão a ser atendidos por suas respectivas seguradoras e nada muda para os funcionários, os 27.000 corretores ou as 62 assessorias e parceiras.
O novo comitê executivo que assume o comando, a partir de hoje, é composto de integrantes da Allianz e da SulAmérica Auto e Massificados, e terá Folch como presidente. Quando perguntado sobre novas aquisições, o executivo diz que "está sempre olhando oportunidades", mas sem dar detalhes.