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Com a MSTech, fechamos o 1º ciclo de aquisições, diz Amorim

Em entrevista a EXAME.com, Manoel Amorim, presidente da Abril Educação, comentou a compra de 22,7% da MSTech - empresa do setor de tecnologia educacional


	Manoel Amorim, da Abril Educação: Ter uma líder mundial nos tomando como referência é honra 
 (Abril)

Manoel Amorim, da Abril Educação: Ter uma líder mundial nos tomando como referência é honra  (Abril)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 07h49.

São Paulo - A Abril Educação anunciou a aquisição de 22,7% da MSTech, empresa de tecnologia educacional. O negócio foi anunciado 16 dias após a aquisição pela Pearson do Grupo Multi, que atua no setor de cursos de idiomas. E 10 meses após a Abril Educação comprar o Wise Up, rede de ensino de inglês. Qualquer semelhança pode não ser mera coincidência.

Pelo menos, essa é a opinião de Manoel Amorim, presidente da Abril Educação. Em entrevista a EXAME.com, o executivo comentou a última aquisição da sua companhia, os principais negócios fechados pela empresa em 2013, as expectativas para 2014 e negou planos de atuar no setor de ensino superior.

Segundo ele, seu bom trabalho vem sendo copiado pela Pearson, líder mundial no setor de educação. A seguir, leia trechos da conversa.

EXAME.com - O que a aquisição da MSTech representa para vocês?

Manoel Amorim - A MSTech é uma empresa focada 100% em desenvolver ferramentas tecnológicas para melhorar o desempenho escolar. Então, esse casamento tem duas pontas muito interessantes. A Abril Educação não tem a plataforma, mas tem o conteúdo; Eles têm a plataforma, mas não o conteúdo. Além disso, o foco de atuação deles está na rede pública - enquanto o nosso está no setor privado. Por tudo isso, trata-se de um bom casamento.

EXAME.com - E quais são os termos do contrato?

Manoel Amorim - A MSTech foi avaliada em 100 milhões de reais, tem um faturamento de 65 milhões de reais e ebitda de 25 milhões de reais. Como nós não seremos os controladores, assinamos um contrato que permite comprar a empresa daqui a cinco anos pelo equivalente a 70% do ebitda da Abril Educação. Se a empresa não crescer, podemos ainda devolver a participação e receber parte do dinheiro de volta dentro de dois anos.

EXAME.com - Que outros negócios fechados em 2013 pela Abril Educação merecem destaque?

Manoel Amorim - O mais importante foi a aquisição do Grupo Ometz, que é detentor da marca Wise Up. Ele permitiu que entrássemos de uma forma mais importante no mercado de idiomas. Fizemos duas aquisições importantes no ramo de colégios: o Sigma, em Brasília, e o Motivo, em Recife. Com a MSTech, encerramos nosso primeiro ciclo de fusões e aquisições. Essa foi a última das moicanas. Em 2014, vamos focar na integração.

EXAME.com - E quais são as expectativas da Abril Educação para 2014?

Manoel Amorim - Estamos muito otimistas para os próximos anos em relação ao desenvolvimento dos nossos negócios. Nosso mercado está cada vez mais demandado, com a população cobrando qualidade e tecnologia. Então, temos muito otimismo em relação às oportunidades em 2014. Com o portfólio bem complementar que temos é nisso que vamos focar no ano que vem: explorar sinergias em produtos e serviços.

EXAME.com - A companhia tem planos de atuar no setor de ensino superior?

Manoel Amorim - Olha, no mercado de ensino superior, não temos nenhum interesse. Mas, temos percebido uma maior demanda por qualidade nele não só por parte da população como também pelo governo. E, segundo um reitor de Harvard, uma boa instituição de ensino tem dois ingredientes básicos: os melhores professores do mundo e os melhores alunos do mundo. O que a gente faz é preparar bons alunos para as universidades. Esse é o nicho que pretendemos concentrar esforços.

EXAME.com - A chegada ao Brasil de gigantes como a Pearson intimida a Abril Educação?

Manoel Amorim - Ter uma líder mundial como a Pearson entrando no nosso mercado e nos tomando como referência para suas decisões é uma grande honra e não nos incomoda de forma alguma.

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