O CASA OFFICE, que acontece até 07 de dezembro em São Paulo, mostra como a arquitetura dos ambientes corporativos virou assunto sério para as companhias
Espaços refletem nova dinâmica (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 05h36.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h13.
São Paulo - Se os escritórios do passado refletiam o modo de produção das fábricas, com instalações cartesianas e ambientes rígidos, os novos ambientes de trabalho permitem múltiplas combinações - tudo cuidadosamente pensado para aumentar a identificação dos funcionários e turbinar a produtividade das empresas. É o que acredita Claudia Andrade, autora do livro “A História do Ambiente de Trabalho em Edifícios de Escritório - Um Século de Transformações”. Segundo a especialista, as empresas de hoje seguem uma dinâmica diferente, mais voltada para o trabalho colaborativo. Precisam, portanto, refletir esse modelo entre as quatro paredes, até como uma forma de atrair e reter colaboradores. "Você acaba mostrando no ambiente de trabalho o que você é, o seu comprometimento com os funcionários, com a sociedade em que está inserido e com o planeta", afirmou. Claudia é a curadora da mostra CASA OFFICE, que acontece até 7 de dezembro em São Paulo. Clique nas fotos a seguir para conferir algumas novidades em termos de arquitetura corporativa que são mostradas no evento:
Flexibilidade e conectividade foram palavras-chave na concepção deste espaço. Projetado pelo escritório Athié|Wohnrath, o ambiente prioriza a comunicação visual e o fortalecimento da marca. O objetivo é transmitir a "alma da empresa".
Os dias de corredores frios e impessoais ficaram para trás. Visualizando o escritório do futuro, o arquiteto Carlos Rossi escolheu mobiliários que permitem o convívio entre as equipes. Também adotou acabamentos e materiais diferentes para imprimir uma atmosfera mais intimista ao espaço corporativo.
Em um ambiente de 185 m², o escritório de arquitetura Andrade Azevedo propõe o uso de materiais inusitados, como o polipropileno, presente nas pastas de arquivo. Ele foi utilizado na criação de um casulo, para garantir mais privacidade e concentração ao funcionário, sem isolá-lo, por outro lado, do restante da empresa.
Jardins, áreas lúdicas e mobiliário colorido foram empregados por Moema Wertheimer em seu escritório alternativo. Além de uma parede removível, o espaço conta uma ampla gama de dispositivos tecnológicos, como sistema de vídeo conferências, telas de touchscreen e mesas com ajuste de altura eletrônico.
Gastronomia e escritório de negócios em um mesmo lugar. O arquiteto Marcio Mazza materializou uma proposta pensada para as necessidades de chefs de cozinha, consultores de restaurantes e críticos. Mini-horta e biblioteca também ganham seu lugar, sem divisórias fixas.
Aqui a inspiração vem do Oriente. O arquiteto Fernando Brandão concebeu a sala de um executivo apreciador da China. Além das cores marcantes e claras referências étnicas, o espaço conta com uma divisão orgânica feita com lycra.
A arquiteta Fernanda Marques pensou em um ambiente que funcionasse para um banco de investimentos, em que houvesse a integração de alguns departamentos e o funcionamento privado das salas de reunião e da presidência. O ambiente mescla conceitos tradicionais e despojados, com móveis de madeira de reflorestamento.
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