São Paulo - A semana mal começou, mas nas últimas 24 horas duas grandes companhias anunciaram a substituição de seus CEOs: a brasileira GOL e a varejista americana JC Penney. Trocas de CEOs são recorrentes no mundo corporativo e muitas vezes estão diretamente ligadas ao desempenho não satisfatório que as companhias vêm atingindo. No caso da GOL, que enfrenta um momento turbulento em suas operações, Paulo Sérgio Kakinoff, ex- presidente da Audi, foi o eleito para ocupar o lugar de Constantino de Oliveira Junior, um dos donos da companhia aérea. O empresário, por sua vez, ficará na presidência do conselho da empresa. Clique nas fotos e conheça seis companhias que trocaram de comando recentemente para voltar a crescer:
Ontem, a GOL anunciou que Paulo Sérgio Kakinoff vai assumir o posto de CEO da companhia no lugar de Constantino de Oliveira Júnior, dono da empresa aérea, que ficará com a presidência do conselho. A troca de comando ocorre em um dos momentos mais difíceis enfrentados pela GOL. No ano passado, a companhia registrou prejuízo de 710 milhões de reais. Para reverter as perdas, a empresa demitiu centenas funcionários e cortou voos diários. Kakinoff terá como primeiro desafio na nova função ter de lidar com a fragilidade das operações da GOL, reverter as perdas e aumentar a rentabilidade comprometida da companhia de aviação.
Na última segunda-feira, a americana JC Penney anunciou que Michael Francis - contratado em outubro passado - não é maio o CEO da varejista. Na ocasião, a Penney chegou a afirmar que Francis tinha visão e coragem para assumir os negócios da companhia, mas o executivo fracassou. Em maio, a companhia anunciou perdas de 163 milhões de dólares e queda de mais de 20% nas vendas. Francis é acusado pela companhia de lançar campanhas de marketing confusas e que no lugar de atrair consumidores, afastava-os.
No início do mês, os Estúdios Disney apresentaram o nome do novo CEO para tocar a companhia: Alan Horn, ex-presidente da Warner Brothers e um dos responsáveis por dirigir a franquia de filmes "Harry Potter". Horn assumiu o posto no lugar de Rich Ross. O executivo tem como missão estabilizar o caixa da companhia, que perdeu cerca de 200 milhões de dólares com o filme "John Carter". Sabe-se que a demissão de Ross estava diretamente ligada ao fracasso do filme nas bilheterias de todo o mundo. Na função há apenas dois anos e meio, o executivo tinha como objetivo no cargo reduzir os custos e lançar animações que trouxessem retorno para a empresa, mas não conseguiu tal proeza.
Em maio, o Carrefour antecipou a nomeação de Georges Plassat, como novo presidente e executivo-chefe da varejista francesa.O executivo substituiu Lars Olofsson, que se aposentou. A mudança de comando foi anunciada em janeiro e estava programada para colocada em prática na reunião dos acionistas, marcada para o início desta semana.
Os desafios Plassat são grandes, uma vez que as vendas do Carrefour têm caído nos últimos meses com os consumidores comprando menos em meio à crise no mercado europeu e a inflação na China.
Ontem, Plassat afirmou em reunião com os acionistas que serão necessários pelo menos três anos para melhorar os resultados da varejista. "Não posso fazer promessas de curto prazo", afirmou executivo.
No final do ano passado, a Avon anunciou que iria substituir Andrea Jung, CEO da companhia desde 2001, do cargo. A decisão de mudar o comando da empresa estava diretamente ligada ao desempenho ruim e a uma série equívocos acumulados na gestão de Andrea. Em abril deste ano, a Avon divulgou que Sherilyn McCoy, ex-executiva da Johnson & Johnson, ficará com a cadeira que pertencia a Andrea.
No início do mês, a Samsung anunciou o nome de seu novo CEO: Kwon Oh-hyun. O executivo foi escolhido para substituir Choi Gee-sung, no cargo desde 2010. A decisão de mudar a gestão da companhia está atrelada ao fato de Gee-sung não ter tido sucesso nas negociações com a Apple. As duas companhias estão envolvidas em dezenas de ações judiciais por quebra de patentes e cópia de produtos. O fato de a Samsung ter virado líder no mercado de celulares desbando a concorrente Nokia, na gestão de Gee-sung, não foi suficiente para mantê-lo no cargo.
Middle East Airlines permanece operando no Líbano, mesmo diante de bombardeios e tensões com Israel e Hizbollah, consolidando-se como "a companhia mais corajosa do mundo".