ESG: o conjunto de práticas sociais, ambientais e de governança é uma das grandes tendências globais para os próximos anos (Imagem Getty Images/arte/Exame)
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Publicado em 13 de julho de 2022 às 11h41.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 17h43.
Neste mês, a EXAME completa 55 anos. No decorrer dessa história, credibilidade, referência e tradição foram os principais adjetivos associados à nossa marca. Porém, nos últimos dois anos, essas qualidades se aliaram a características do novo mundo digital, como tecnologia e inovação. Desde então, deixamos de ser apenas uma empresa de conteúdo jornalístico e nos tornamos uma das principais mediatechs de notícias, economia, negócios, educação e investimentos do Brasil.
Para celebrar o marco, a EXAME está lançando uma série de artigos especiais, tendo o simbólico número 5 como norte. Confira os artigos que já foram publicados e os que ainda vão sair no decorrer do mês:
Nesta edição, o destaque vai para as 5 maiores tendências globais esperadas para os próximos 5 anos, considerando as mais diversas áreas de estudo e atuação. Veja a seguir:
ESG (Environmental, Social and Governance) é a sigla em inglês que identifica questões relacionadas ao meio ambiente, sociedade e governança. Trata-se de um conjunto de práticas que tem sido adotado por empresas de todo o mundo para que o seu desenvolvimento cause menos impactos negativos sobre o meio ambiente, seja mais positivo para a sociedade e também torne a governança das empresas mais responsável em suas tomadas de decisão.
Há cerca de uma década, temas que fazem parte do universo ESG, como economia circular, redução das emissões de carbono, tratamento de resíduos, inclusão e diversidade, tornaram-se indispensáveis para que as companhias dos mais variados portes e segmentos se mantenham competitivas. Isso tem alavancado as pautas ESG como prioridades dentro das organizações. Não à toa, então, a tendência tem sido apontada como a maior aposta para os negócios nos próximos 5 anos, com um mercado que deve atingir US$ 53 trilhões em 2025.
Tão em pauta quanto ESG, metaverso é um dos assuntos mais quentes do momento. Em linhas gerais, trata-se de um ambiente virtual que simula o mundo real, onde as pessoas são representadas por seus avatares. Para empresas bilionárias, como a Microsoft de Bill Gates e a Meta de Mark Zuckerberg, essa é a grande aposta para o futuro da tecnologia e da internet, configurando um fenômeno global que transformará completamente os negócios, o trabalho, a educação e a economia nos próximos 5 a 10 anos.
O termo ganhou mais evidência quando Mark Zuckerberg decidiu mudar o nome da sua empresa, o Facebook, para Meta, deixando claro que esse será o foco da empresa daqui para frente. Além do rebranding, a companhia anunciou que vai investir US$ 10 bilhões nos próximos anos para construir seu próprio ambiente no metaverso. O Goldman Sachs estima que o metaverso já representa uma oportunidade de investimento de US$ 8 trilhões. Especialistas do banco Citi também estão positivos com a ascensão da tecnologia, afirmando que a sua economia deve chegar a US$ 13 trilhões até 2030.
Desde o início da pandemia de Covid-19 a partir de 2020, o mundo inteiro passou a viver transformações gigantescas em praticamente tudo que se possa imaginar. No que se refere aos negócios, em especial, a pandemia foi a principal responsável por acelerar os avanços da digitalização e a flexibilização do trabalho em escala global, com novos modelos de trabalho se desdobrando e despontando para além do tradicional “presencial”.
Os novos formatos têm levantado discussões e dividido opiniões no mundo todo, com executivos famosos expondo seus próprios posicionamentos. Mas, fato é que, como uma solução para o impasse, o trabalho híbrido parece ter vindo para ficar. Para Sundar Pichai, atual CEO do Google, estamos a caminho de um futuro de trabalho híbrido, equilibrando a atividade presencial e a remota. Segundo ele, “Nós já estamos vendo a aceleração de longo prazo de negócios movendo para serviços digitais, incluindo o trabalho online, educação, medicina, compras e entretenimento. Essas mudanças serão significativas e duradouras.”
Apontado como a principal tendência quando o assunto é carreira, desenvolvimento pessoal e profissional, lifelong learning pode ser traduzido, ao pé da letra, como “aprendizado ao longo da vida”. Também conhecida como educação continuada, a ideia é o exato oposto da mentalidade anterior à globalização, isto é, de que basta se graduar para que o profissional esteja apto a trabalhar na sua área de formação pelo resto da vida. Na verdade, o aprendizado não acaba depois que o estudante recebe o seu diploma, pois aprender é um processo que se estende pela vida toda e é fundamental para fortalecer a qualificação e o poder de adaptabilidade de qualquer profissional no mercado de trabalho.
O que pode agregar à sua trajetória pessoal e profissional? Como se preparar, se manter atualizado e aprimorar o seu perfil? Como aproveitar os espaços físicos e digitais por onde você circula para assimilar mais conhecimento? Essas são algumas das perguntas que podem ajudar a instigar, tirar da zona de conforto e impulsionar os profissionais a correrem atrás de mais para si mesmos. A partir disso, todo o mercado tem a ganhar.
No livro Drive - The Surprising Truth About What Motivates Us, o famoso autor de obras sobre trabalho, gestão e ciência comportamental, Daniel Pink, argumenta que as pessoas precisam de três coisas para se sentirem motivadas e satisfeitas: autonomia, domínio e propósito - e, não à toa, tornar-se um lifelong learner satisfaz todas essas três necessidades psicológicas. Vale ressaltar que esse movimento é automotivado, ou seja, parte de uma busca pessoal e diz respeito a todas as áreas da vida.
Por fim, uma tendência que ganhou bastante relevância no mundo dos negócios e no mercado de trabalho, mas que não para por aí, vai além e se dilui por praticamente todas as esferas da sociedade: a preocupação mais consistente com a saúde mental das pessoas. Para se ter uma ideia, a ansiedade e a depressão são tidas como os “males do século XXI”, com uma incidência ainda mais preocupante entre os jovens da Geração Z.
E se o tema já estava em pauta pelo mundo antes da pandemia, depois dela, certamente ganhou ainda mais importância. Ansiedade, depressão, estresse, fadiga, estafa, síndrome de burnout, entre tantos outros, tornaram-se questões prioritárias para milhões de pessoas ao redor do globo, especialmente enquanto se adaptavam a um “novo normal” e procuravam vencer os inúmeros desafios lançados pelo cenário pandêmico.
Então, seja no trabalho, na escola, nas ruas, em casa, na convivência com familiares, amigos e parceiros, no mundo afora, não importa: a constante busca por qualidade de vida, equilibrando saúde física, mental, convívio social e bem-estar, tornou-se uma prioridade para a vida.