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Quais habilidades um gestor de sucesso precisa ter?

Resiliência e conhecimento multidisciplinar estão entre os atributos essenciais para que o gestor estratégico de uma grande empresa possa aguentar o tranco

Bons líderes não sofrem com pressão porque sabem que isso é parte do jogo (Getty Images)

Bons líderes não sofrem com pressão porque sabem que isso é parte do jogo (Getty Images)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 13 de abril de 2012 às 12h12.

São Paulo – Comandar uma grande empresa requer habilidades para lidar com inúmeros desafios, que vão desde saber gerir equipes e mantê-las motivadas até traçar rotas de crescimento competitivas, mesmo com alguma alteração de regra do mercado.

Ainda assim, saber dar nó em pingo d´água não é o suficiente para ser um bom líder. Algumas habilidades são essenciais para executivos que conduzem cargos estratégicos das grandes companhias e querem fazer delas as melhores dentro de seus ramos de atividades. A seguir estão cinco delas apontadas por Fabio Marra, diretor de recrutamento executivo da Mariaca.

Adaptabilidade

Uma hora, ele trabalha numa empresa petroquímica nacional. Em outra, numa farmacêutica inglesa. Mais para frente em uma varejista familiar. Não importa onde, o bom líder sabe se adaptar às regras de qualquer companhia que saiba o que faz, para quem e onde quer chegar. Não importa se terá de se reportar a seis conselheiros de administração ou ao fundador de uma empresa tradicional, ele sabe exatamente o que em de ser feito.
“As maneiras como os negócios são conduzidos nesses vários universos são muito diferentes, mas para ele é fácil se adaptar às várias formas de reportar os resultados, já que o mais importante é trazê-los", afirma Marra.

Resiliência

Sabe quando um executivo é colocado sob muita, muita pressão e, depois de entregar os resultados, passado o momento mais turbulento, ele se revolta por ter passado por aquilo? Pois então, resiliência é justamente o oposto disso. O executivo resiliente sabe que a pressão faz parte do jogo. E tem plena convicção de que assumiu o cargo na condição de jogar e jogar muito bem, diga-se de passagem.

Para ele, picos de trabalho não significa estresse acumulado, falta de respeito pelo seu trabalho ou excesso de carga. Picos de trabalho são apenas picos de trabalho... e eles passam. E são sem importância diante do desafio de comandar uma empresa. 


Interatividade

É claro que líderes de cargos estratégicos precisam se cercar de pessoas confiáveis e competentes no que fazem. Mas seu maior diferencial é saber manter essas pessoas ao seu lado e fazer com que eles se inspirem no chefe que tem. O contrário a isso pode ser desastroso. “Você pode ter as melhores pessoas possíveis na sua equipe. Mas se não souber conduzi-las, não terá como extrair o potencial delas ao seu lado”, afirma o headhunter.

O bom líder não cobra apenas resultados, ele também trabalha para alcança-los juntos a sua equipe. E por isso comemora cada pequeno avanço com eles. A proximidade com a equipe faz com que o líder também tenha uma visão melhor de quem trabalha com ele. “Há ótimos profissionais que não sabem fazer marketing pessoal”, diz Marra. “Só com uma avaliação mais minuciosa o gestor saberá do talento que cada colaborador tem”.

Polivalência

Da mesma maneira que o bom líder sabe se adaptar aos vários tipos de empresas, ele também consegue ter uma boa desenvoltura em vários departamentos. Os melhores gestores são aqueles que já passaram por áreas tão distintas quanto logística e marketing e souberam extrair o melhor de cada experiência. “A estratégia de uma companhia é feita em várias frentes e um líder que já tenha passado por várias áreas tem uma visão global de onde quer chegar e como“, afirma o headhunter.

Ponderação

Demitir pessoas, reduzir custos, inovar serviços... decisões que mudam todo o rumo de companhia, e algumas vezes até o destino de pessoas fazem parte do cotidiano de gestores de grandes companhias. Ponderar as melhores alternativas para ele, a companhia e demais envolvidos é uma habilidade essencial para que o executivo tenha sucesso nisso. “Ele precisa avaliar quão benéfico será o impacto das mudanças para os resultados”, diz Marra. 

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