Bank of America: o mais recente a engrossar a lista dos bancos que estão demitindo (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2012 às 06h00.
São Paulo – Nesta quinta-feira, o jornal americano The Wall Street Journal informou que o Bank of America Merrill Lynch (BofA) deve demitir 16.000 pessoas até dezembro. A notícia é a mais recente de uma leva de instituições financeiras que planejam enxugar milhares de vagas nos próximos meses.
Pressionados pelo agravamento da crise na Europa e pela economia americana, que ainda patina, alguns dos maiores bancos do mundo devem recorrer a demissões para reequilibrar as contas. Veja, a seguir, alguns dos anúncios mais recentes:
Bank of America
Com o corte de 16.000 pessoas neste ano, o BofA anteciparia em um ano a conclusão de seu plano de eliminar um total de 30.000 vagas em sua estrutura, segundo o The Wall Street Journal.
Os cortes devem se concentrar nas áreas de varejo e tecnologia. Se todos os postos forem fechados, o BofA estima que economizará 5 bilhões de dólares por ano. Uma segunda rodada de ajustes está prevista para ser concluída em 2015, com uma economia adicional de 3 bilhões de dólares.
Deutsche Bank
No final de julho, o maior banco alemão, o Deutsche Bank, informou que vai demitir 1.900 funcionários, dos quais, 1.500 na área de banco de investimentos. Outros cortes devem afetar as operações do banco fora da Alemanha.
As demissões devem render uma economia anual de 350 milhões de euros, segundo o banco. Para reequilibrar as contas, o Deutsche espera cortar um total de 3 bilhões de euros em despesas.
Credit Suisse
O banco suíço divulgou, em meados de julho, a demissão de mais 138 funcionários de sua unidade em Nova York, elevando para 373 o total de pessoas cortadas naquela região neste ano. Segundo a agência de notícias Reuters, é a terceira rodada de demissões promovida pelo banco na cidade americana.
Os cortes integram o plano do Credit Suisse de cortar 3.500 vagas em todo o mundo até 2013, com uma economia estimada de 2,1 bilhões de dólares por ano.
RBS
Em meados de junho, o Royal Bank of Scotland (RBS) informou a demissão de 600 pessoas. O motivo, desta vez, não foi a crise, mas sim uma nova legislação que entrará em vigor no final do ano no Reino Unido.
A nova lei obriga que alguns produtos financeiros, como poupança e fundos de investimento, sejam vendidos aos clientes por funcionários mais qualificados, e com direito a comissão. Desde que o banco foi resgatado pelo governo britânico, em 2008, o banco já cortou 36.000 vagas.
Citigroup
Também em junho, a agência de notícias Bloomberg informou que o Citigroup, terceiro maior banco dos Estados Unidos, cortaria 350 pessoas de sua área de securitização, incluindo também o banco de investimento.
Os cortes se somariam aos 1.200 já anunciados pelo Citigroup para essa divisão do banco. Segundo a Bloomberg, a ampliação das demissões seria uma resposta às pressões sobre a diretoria do banco para gerar resultados rapidamente.