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1. Tivit: comprada pelo Apax Partners
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1/5 (Germano Luders / Exame)
Oferta secundária
Valor arrecadado no IPO: 574,6 milhões de reais Dez anos depois de ser fundada, a Tivit decidiu abrir o capital na bolsa de valores, em setembro de 2009. A empresa, que presta serviços de tecnologia da informação, já tinha entre seus principais acionistas dois fundos de private equity: Votorantim Novos Negócios e Pátria. Depois da abertura, eles continuaram sócios da empresa que prometeu, a partir do IPO, "continuar com a estratégia seletiva de aquisições" com foco nas empresas de médio e pequeno portes. Nos anos anteriores, a Tivit absorvera os negócios da Softway e da Open Concept. Em menos de um ano, a empresa terminou sendo adquirida – e por um outro fundo de private equity. O britânico Apax Partners desembolsou 873,8 milhões de reais pelo controle da Tivit em maio de 2010, pagando um ágio de quase 10% sobre o valor de mercado dos papéis. Pouco tempo depois, o Apax levou a parte dos minoritários e tirou a empresa do mercado aberto, desembolsando, ao todo, 1,7 bilhão na operação.
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2. Medial Saúde: comprada pela Amil
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2/5 (Stock.xchng)
Oferta primária e secundária
Valor arrecadado no IPO: 742,3 milhões de reais No prospecto da oferta de ações, a Medial reiterou a intenção de investir 20% do dinheiro arrecadado na aquisição de "empresas ainda não identificadas". Segundo a companhia, a consolidação entre operadoras de planos médico-hospitalares seria uma tendência natural diante da necessidade de investir cada vez mais recursos financeiros e tecnológicos para manter a competitividade. De fato, a Medial não economizou nas aquisições depois do seu IPO, em 2006. Entraram no seu portfólio o Grupo Saúde, o SAE Laboratório, a E-Nova Odontologia e a Amesp. Mas com dificuldades para organizar a casa depois de tantas compras, a empresa acabou amargando sucessivos prejuízos. Em três anos, três presidentes diferentes passaram pela companhia, todos incumbidos de reduzir despesas e adequar preços. Com o balanço manchado de vermelho, a companhia terminou comprada. Em 2009, seu controle foi vendido por 612,5 milhões à Amil, maior consolidadora do setor. Em 2010, outros 577 milhões foram pagos pela Amil pelo restante das ações da empresa que ainda eram negociadas em bolsa.
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3. Datasul: comprada pela Totvs
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3/5 (Divulgação)
Oferta primária e secundária
Valor arrecadado no IPO: 317 milhões de reais A Datasul foi outra empresa de tecnologia que optou por abrir capital com o discurso de usar parte do dinheiro arrecadado para turbinar as compras. Além de pagar dívidas, ampliar a rede de distribuição e aumentar a oferta de serviços, a companhia reforçou a intenção de "perseguir seletivamente novas aquisições" no prospecto divulgado ao mercado. Fundada em 1978 para ajudar empresas de manufatura a implantarem sua unidade de processamento de dados, a Datasul fez seu IPO em 2006, mesmo ano em que a Totvs decidiu abrir capital. Dois anos depois, acabou sendo comprada pela concorrente, deixando de ser negociada na bolsa de valores. Pelo acordo, os acionistas da Datasul ficaram com 14,3% do capital da Totvs e 480 milhões de reais em dinheiro. A transação também envolveu troca de papéis no valor de 220 milhões. Com a operação, a Totvs tornou-se a maior empresa de software de gestão da América Latina, entrando também na lista das dez gigantes mundiais.
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4. Banco Patagonia: comprado pelo Banco do Brasil
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4/5 (Divulgação)
Oferta primária e secundária
Valor arrecadado no IPO: 539,4 milhões de reais Em 2010, o Banco Patagonia também viu seu negócio sumir da Bovespa. A instituição financeira argentina, fruto da fusão entre antigo Sudameris Argentina e o Patagonia, havia aberto capital no Brasil em 2007. Na época, afirmou que um dos seus principais objetivos era consolidar-se como um dos bancos líderes em serviços financeiros integrados na Argentina. Para tanto, o Patagonia daria ênfase ao crescimento orgânico, aliado a "oportunidades estratégicas de aquisições e fusões com foco na incorporação de novos produtos, clientes e recursos humanos". No fim das contas, o Patagonia terminou sendo comprado pelo Banco do Brasil. Em agosto de 2010, o BB anunciou a aquisição de 51% das ações da instituição financeira por 479,6 milhões de dólares, dando início ao seu processo de internacionalização com a manutenção da marca Patagonia na Argentina.
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5. Sistema Educacional Brasileiro (SEB): comprado pela Pearson
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5/5 (Veja)
Oferta primária e secundária
Valor arrecadado no IPO: 412,5 milhões de reais Quando estreou na bolsa, em 2007, o SEB - Sistema Educacional Brasileiro - elegeu a compra de outras empresas como a motivação principal do seu IPO. Segundo a companhia, 40% dos recursos arrecadados seriam utilizados em aquisições, maior fatia destinada a um único propósito. Até então, o grupo havia abocanhado instituições de ensino básico em Salvador, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Brasília e Maceió. Estender o alcance a outras capitais estava entre seus principais planos. Mas foram as apostilas e metodologias de ensino da empresa que acabaram atiçando a cobiça do mercado. Em agosto de 2010, a Pearson, dona do Financial Times e da revista The Economist, levou os sistemas de ensino COC, Pueri Domus, Dom Bosco e Name, além de gráfica, do site Klick Net e das operações de logística da companhia. Nos 12 meses anteriores à transação, a maior parte do lucro bruto do SEB viera dessa divisão: 114 milhões de reais de um total de 171 milhões. Com a operação, a área de escolas, faculdades e ensino à distância permaneceu com o SEB, que deu adeus à Bolsa depois de ofertar um generoso prêmio aos minoritários pelos papéis remanescentes.