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5 empresas brasileiras muito dependentes dos Estados Unidos

Veja algumas das companhias que mais podem sofrer com os problemas americanos

Phenom 100, da Embraer: maiores contratos da empresa estão nos Estados Unidos (Divulgacao)

Phenom 100, da Embraer: maiores contratos da empresa estão nos Estados Unidos (Divulgacao)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 15h36.

São Paulo – Nos últimos anos, uma crescente leva de empresas brasileiras estreou ou ampliou suas operações no mercado mundial. De simples exportadoras, essas companhias aproveitaram o bom momento para mudar o perfil de sua atuação no exterior, adquirindo ou implantando operações em outros países.

Algumas, hoje, são líderes globais em seus setores. O lado negativo dessa situação é que, como toda multinacional, as grandes companhias brasileiras também estão cada vez mais expostas às turbulências mundiais.

Veja, a seguir, algumas das empresas que mais podem sofrer com a crise americana, devido ao peso que os Estados Unidos possuem em suas operações.

AB InBev e o recuo da Budweiser

A cervejaria belgo-brasileira sofre um impacto direto de qualquer turbulência no mercado americano. No primeiro trimestre, por exemplo, o elevado desemprego no país levou à queda de 3,3% no volume físico de vendas da Budweiser, a marca-símbolo de cerveja dos Estados Unidos.

Para enfrentar o problema, a AB InBev recorreu a duas medidas básicas: cortou custos e aumentou os preços. O resultado foi um aumento do faturamento.

Embraer: um terço da carteira vem dos Estados Unidos

As companhias aéreas americanas representam 33% dos pedidos firmes em carteira que ainda precisam ser entregues. São 87 encomendas, de um total de 261, segundo o site da empresa.

Na conta, está o maior contrato da empresa atualmente: os 100 jatos encomendados pela JetBlue, companhia aérea focada no mercado de baixo custo e fundada por David Neeleman, o mesmo dono da brasileira Azul. Do total, ainda faltam 50 jatos para entregar. A China, segundo maior mercado da Embraer, conta com 34 pedidos na carteira.


JBS, uma empresa mais americana que brasileira

Nascido na cidade goiana de Anápolis, pode-se dizer que hoje o JBS é mais americano do que brasileiro. No primeiro trimestre, 75% de sua receita líquida vieram do mercado americano e, indiretamente, do australiano.

Dos 14,7 bilhões de reais contabilizados entre janeiro e março, 43% foram gerados pela divisão americana de carne bovina (que controla as operações na Austrália). Outros 22% vieram do processamento de frangos no país de Barack Obama. E mais 10% foram obtidos com a venda de carne suína por lá.

Braskem lidera mercado nos Estados Unidos

A Braskem nunca negou seu interesse pelo mercado americano. No final de julho, a empresa fechou a compra da unidade de polipropileno da Dow Chemical por 323 milhões de dólares. Com isso, tornou-se a maior produtora dessa resina nos Estados Unidos, com capacidade anual de 1,425 milhão de toneladas.

Em fevereiro do ano passado, a Braskem já havia comprado a divisão de polipropileno da petrolífera americana Sunoco. O negócio foi fechado por 350 milhões de dólares.

Gerdau gera 30% das vendas na América do Norte

A Gerdau é outra companhia brasileira com forte presença nos Estados Unidos. No segundo trimestre, a Gerdau obteve receita líquida de 2,690 bilhões de reais na América do Norte. O número refere-se, basicamente, às operações nos Estados Unidos, e representou 29% dos 9,01 bilhões que registrou no período.

Apesar dos graves problemas do país, a siderúrgica conseguiu elevar em 16% a receita local, em relação ao segundo trimestre do ano passado. As vendas físicas também progrediram os mesmos 16%, para 1,7 milhão de toneladas.

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