Aviões estacionados em aeroporto (Getty Images)
Daniela Barbosa
Publicado em 4 de junho de 2012 às 06h12.
São Paulo – Ainda não é certo, mas a fusão entre a Azul e Trip, anunciada na semana passada, pode resultar no desaparecimento de uma das duas marcas no mercado de aviação comercial no Brasil.
Nos últimos cinco anos, pelo menos cinco companhias deixaram de operar no país, seja porque o negócio não deu certo ou porque a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por alguma irregularidade, suspendeu a operação.
Veja, a seguir, a história de empresas que não decolam mais no Brasil, segundo último relatório da Anac, atualizado em maio deste ano:
Atlântico Transportes Aéreos
A Atlântico Transportes Aéreos (ATA) iniciou sua operação em meados de 2001, em Recife. Na ocasião, a companhia contava com apenas uma aeronave e no primeiro ano transportou cerca de 2.000 pessoas.
Após um ano de operação, a companhia optou por focar seus esforços no transporte de cargas, pois a rentabilidade era mais garantida.
Por se tratar de uma empresa não-regular, sem rotas fixas, a companhia costumava fretar suas aeronaves na alta temporada, transportando pessoas de São Paulo para alguns destinos no Nordeste.
Atualmente a empresa está paralisada e não realiza nenhum tipo de voo.
Táxi Aéreo Fortaleza
A Táxi Aéreo Fortaleza (TAF) é uma empresa aérea brasileira com sede na cidade de Fortaleza, no Ceará, e começou a operar no mercado de aviação em meados da década de 50, como companhia de táxi aéreo.
Durante algum tempo, a empresa prestou serviços ao governo do estado de Ceará e outros órgão públicos e chegou a ser pioneira no serviço de carga aérea no Nordeste.
Em meados da década de 90, a TAF começou a atuar como empresa regional de passageiros e cargas, mas a baixa demanda fez com que a companhia suspendesse seus voos.
Brasil Rodo Aéreo
A Brasil Rodo Aéreo (BRA) foi fundada em 1999 e durante mais de seis anos atuou no mercado com a oferta de voos fretados. Somente em 2005, a companhia obteve licença para realizar voos regulares, adotando o conceito de companhia aérea popular.
No intuito de aproveitar as oportunidades do mercado, a BRA chegou a voar para 34 cidades diferentes do Brasil e chegou a anunciar, em 2007, a compra de 40 jatos Embraer. No mesmo ano, no entanto, suspendeu suas operações e demitiu mais de 1.000 funcionários. A crise, segundo a companhia, era temporária, mas um ano depois a BRA ajuizou pedido de recuperação judicial.
Após a suspensão dos voos, a empresa OceanAir , atual Avianca, chegou a assumir alguns voos e aeronaves da companhia.
Atualmente, a companhia ainda está em processo de recuperação e opera apenas com voos fretados. Porém, para a Anac, ela é considerada inoperante.
Cruiser
A Cruiser nasceu em 1996, no estado do Paraná, como empresa de táxi aéreo e tinha como foco a aviação regional.
Em 2001, a companhia passou a operar alguns voos regulares para cidades dos estados do Paraná e Santa Catarina como empresa de linhas aéreas.
Hoje em dia, no entanto, a empresa está proibida de operar e, segundo a Anac, seu status encontra-se inoperante no mercado de aviação civil.
Rico
A Rico foi fundada na década de 60 no estado de Rondônia e contribuiu bastante para a construção da Rodovia Transamazônica, com o transporte de trabalhadores e equipamentos para a construção de estradas na região.
Foi somente em 1996, que a Rico foi homologada como empresa de transporte aéreo regular e durante muito tempo teve importante papel no mercado de aviação civil da região Norte do país.
Em junho de 2011, a Anac cancelou a licença de operação da companhia e atualmente ela funciona apenas como empresa de táxi áereo.