Sucesso: Jeep Renegade já é o líder isolado do segmento de SUVs em 2021 (Jeep/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 12 de julho de 2021 às 15h28.
Última atualização em 13 de julho de 2021 às 18h59.
Não é mera impressão o sucesso dos SUVs no mercado brasileiro: pela primeira vez, a categoria – que reúne queridinhos desde, como Jeep Renegade, Hyundai Creta e VW T-Cross, por exemplo, até o Rolls-Royce Cullinan, de 6,3 milhões de reais – liderou de vendas por aqui. Com isso, também ultrapassou a preferência pelos hatches, segmento que inclui alguns dos carros mais baratos do país.
De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), utilitários esportivos já correspondem a 39,36% dos emplacamentos no acumulado até junho deste ano. Por sua vez, os hatches pequenos são vice-líderes, com 23,56% da preferência dos consumidores, enquanto a categoria de entrada tem 15,41% do mercado (e, somados, ainda têm 38,97% do total).
1 - Jeep Renegade - 40.607 unidades;
2 - Hyundai Creta - 33.493;
3 - Jeep Compass - 32.554;
4 - VW T-Cross - 29.179;
5 - Chevrolet Tracker - 27.125;
6 - VW Nivus - 19.935;
7 - Nissan Kicks - 19.169;
8 - Honda HR-V - 18.746;
9 - Renault Duster - 12.950;
10 - Toyota Corolla Cross - 10.313.
Prova do sucesso é que, neste ano, já há três SUVs na lista dos dez carros mais vendidos do Brasil: além do próprio Jeep Renegade – que lidera o segmento, com 40.607 unidades, no acumulado desde janeiro –, marcam presença na primeira dezena os modelos Compass e Creta. Não bastasse, ainda haverá mais lançamentos ao longo de 2021, com a chegada dos novos Fiat Pulse e Jeep Commander.
Comparado à soma do ano passado, as principais mudanças ficaram por conta do VW T-Cross, utilitário mais vendido da categoria em 2020, com 60.199 unidades; e do Chevrolet Tracker, que, naquele mesmo período, ocupou a quarta colocação. Entretanto, a produção de ambos os modelos ficou comprometida por conta da falta de componentes, o que também refletiu no desempenho nas vendas.
“Os SUVs fazem sucesso por diferentes motivos. Desde a posição mais elevada para dirigir, que dá maior sensação de segurança; até pelo melhor espaço interno, que aumenta a versatilidade. E, neste sentido, a suspensão mais alta também pesa a favor, porque não sofre tanto com os problemas de infraestrutura e facilita o uso em situações variadas”, afirma Murilo Briganti, sócio da Bright Consulting.
De acordo com o executivo, especializado em mercado automotivo, essa tendência era observada desde o ano passado, quando a categoria de SUVs já representava a maior parcela de vendas, mas ainda perdia das categorias de hatches e carros de entrada quando somadas. Entretanto, as projeções da consultoria estimam que o crescimento será ainda maior, com 40% de participação daqui dois anos.