São Paulo - Depois que os Estados Unidos decidiram voltar a estabelecer relações com Cuba, diversas empresas passaram a investir no país, apostando no crescimento da economia e do turismo na ilha. As relações começaram a ser retomadas no ano passado e a reabertura formal da embaixada americana em Havana ocorreu no começo deste mês. Empresasamericanas e até brasileirastem se mostrado interessados em investir no país comunista, como Aribnb, Netflix e American Express. A última a anunciar operações no país foi a American Airlines, que aposta no crescimento econômico do país no Caribe – embora as restrições a viagens de americanos ainda permaneçam. Veja nas imagens 10 empresas que estão apostando em Cuba.
A Airbnb foi uma das primeiras a demonstrar interesse pelo turismo na ilha. Em abril, o site de aluguel de casas e apartamentos adicionou Cuba a sua lista de destinos. Mais de mil propriedades na ilha do Caribe já estão listadas no site, sendo que 40% estão em Havana, capital. Porém, elas só podem ser reservadas a partir dos Estados Unidos. Por conta da baixa oferta de quartos de hotéis em Cuba, o aluguel de casas de nativos é uma alternativa para turistas que queiram conhecer melhor a cultura local.
Em breve, cubanos poderão assistir as melhores séries americanas, além de seriados produzidos pela Netflix. A companhia de streaming de filmes, séries e documentários anunciou que o serviço estará disponível em Cuba. "A partir de hoje, as pessoas de Cuba com conexões a internet e acesso a métodos de pagamento internacionais poderão assinar o Netflix e ver de maneira instantânea uma seleção de filmes e séries de televisão populares", indicou a companhia em fevereiro. "Cuba tem grandes cineastas e uma cultura e arte robustas, e um dia esperamos poder trazer seus trabalhos para a nossa audiência global”, disse o cofundador e CEO da Netflix, Reed Hasting, em comunicado à imprensa.
As relações entre os Estados Unidos e Cuba não estão se estreitando apenas do ponto de vista diplomático, mas também financeiro. Empresas de cartões de crédito norte-americanas estão demonstrando interesse em operarem na ilha. A MasterCardé uma delas. Os cartões da bandeira já podem ser usados em Cuba. Em março, a companhia retirou o embargo ao país. Ainda que turistas americanos ainda estejam proibidos na ilha, equipes de negócios, agricultura ou diplomacia já aumentaram o número de viagens para a ilha comunista.
A American Express é outra bandeira de cartões que irá começar suas operações em Cuba. A empresa já inclui a ilha como destino na sua página American Express Travel, ainda que afirme que “cidadãos norte-americanos são proibidos de viajar para Cuba como turista, ainda que possam viajar por motivos religiosos, educacionais ou culturais com uma licença do Departamento do Tesouro”.
A American Airlinesacabou de anunciar os primeiros voos fretados entre o aeroporto de Los Angeles e Havana, em Cuba. A empresa também espera anunciar voos comerciais assim que os Estados Unidos e Cuba permitirem, o que deve acontecer ainda esse ano. Os voos, firmados em parceira com a agência de viagens Cuba Travel Services, começarão a partir de dezembro deste ano. A companhia aérea já opera voos fechados para Cuba desde 1991 – esse ano serão mais de 1.200 voos fechados para a ilha. Com o futuro lançamento de voos comerciais, será a primeira vez que turistas americanos poderão entrar em Cuba desde a década de 1950.
A JetBlue foi a primeira companhia aérea a voltar a realizar voos semanais entre os Estados Unidos e Cuba. A rota semanal vai dos aeroportos de Nova York a Havana, como parte do estreitamento das relações entre os dois países. O primeiro avião a fazer o trajeto um Airbus A320, de 150 lugares. Até então, só existiam voos charter oferecidos por companhias aéreas menores, e com limitado número de pessoas autorizadas.
Uma empresa brasileira que está aproveitando o fim do embargo entre Cuba e os Estados Unidos é a GOL. A Anac autorizou a companhia aérea a realizar 3 voos semanais para Cuba. No Caribe, a brasileira já voa para República Dominicana e Aruba. A intenção da empresa é acrescentar 3 novos destinos na América Latina até 2016 – entre eles, a ilha de Fidel Castro.
A maior companhia de cruzeiros do mundo adicionou Cuba a seus destinos de viagens. A Carnival Corporations começou a realizar cruzeiros para a ilha em março deste ano – os primeiros passeios do tipo para turistas americanos desde a década de 1960. Cerca de 710 passageiros serão transportados pelo navio Adonia em viagens com duração de uma semana. O navio é relativamente pequeno perto dos outros da companhia, já que a ilha ainda não tem portos que acomodem embarcações maiores, e não terá cassino ou shows noturnos. De acordo com as leis que ainda regem turistas americanos em viagens a Cuba, os passageiros precisarão realizar atividades culturais durante a estadia na ilha.
Apostando no desenvolvimento da economia cubana, a Souza Cruz quer ampliar sua parceria com o país. A empresa de tabaco tem um acordo com a Tabacuba, empresa controlada pelo governo cubano. A joint venture Brascuba Cigarillos, união das duas empresas, foi criada em 1995. A joint venture fatura cerca de 50 milhões de dólares, afirma o Valor Econômico, e em 2014 foram vendidos quase 3 bilhões de cigarros. A parceria entre as duas empresas venceria em 2020, mas a Souza Cruz quer ampliar esse prazo para 2070.
Diversas companhias de balsas voltarão a atravessar o mar do Caribe, depois de mais de 50 anos que o serviço foi interrompido. Depois da Crise dos Mísseis, o presidente americano Kennedy proibiu viagens turísticas ao país comunista. A capacidade das balsas da companhia CubaKat, por exemplo, será de 190 passageiros e alguns carros, ao custo de 338 dólares ida e volta. Na foto, a inauguração do porto de Mariel, em Havana.
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