Mundo

Zona do euro fecha hoje mecanismo de estabilização

Luxemburgo - Os ministros de Finanças da zona do euro esperam chegar hoje a um acordo sobre os detalhes técnicos do mecanismo de estabilização financeira criado há um mês para auxiliar os países que correm risco de insolvência. O mecanismo, uma das principais ferramentas destinadas a devolver a estabilidade à zona, poderia mobilizar até 750 […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2010 às 10h29.

Luxemburgo - Os ministros de Finanças da zona do euro esperam chegar hoje a um acordo sobre os detalhes técnicos do mecanismo de estabilização financeira criado há um mês para auxiliar os países que correm risco de insolvência.

O mecanismo, uma das principais ferramentas destinadas a devolver a estabilidade à zona, poderia mobilizar até 750 bilhões de euros somando as contribuições do orçamento comunitário (60 bilhões), de uma facilidade financeira europeia especial (440 bilhões) e do Fundo Monetário Internacional (250 bilhões).

Os últimos trabalhos se concentram em colocar a ferramenta, concebida como uma sociedade instrumental de caráter temporário (Special Purpose Vehicle - SPV), em funcionamento.

"Os detalhes do SPV serão anunciados esta tarde", disse hoje Guy Schuller antes do começo da reunião. Ele é porta-voz do presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, também se mostrou confiante de que se anuncie hoje um acordo definitivo.

Os ministros de Finanças da União Europeia (UE) concordaram no dia 9 de maio com o acionamento da ferramenta que tem como objetivo frear o risco de um contágio da crise da dívida pública grega a outros Estados com déficit elevado, como a Espanha e Portugal.

O mecanismo terá seu domicílio fiscal em Luxemburgo. A ideia é que ele utilize a garantia dos Estados participantes (os membros do euro) para obter do mercado financiamento a bom preço mediante a emissão de eurobonos. Este dinheiro seria, por sua vez, emprestado aos países em dificuldades.

Outra possibilidade é que o mecanismo outorgue sua garantia, que espera-se que receba a qualificação máxima AAA, às emissões de dívida que os países com problemas sigam lançando a fim de baratear seus custos de refinanciamento.

Está decidido que a facilidade conte com um pequeno número de empregados e que seja apoiada tecnicamente pelos serviços do Banco Europeu de Investimentos (BEI), a instituição de crédito da UE a longo prazo que conta com uma ampla experiência e irrepreensível reputação nos mercados internacionais.

Entre os detalhes que ainda não foram discutidos está a composição de sua estrutura de gestão e a nomeação de um executivo-chefe.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCâmbioCrises em empresasEuroMoedas

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru