O BCE atuará como um agente para o EFSF e o ESM nas operações do mercado (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 07h31.
Bruxelas - Os países da zona do euro anteciparam em um ano, para o próximo mês de julho, o lançamento de um fundo de resgate permanente e concordaram, com outros Estados da União Europeia (UE), em considerar emprestar até 200 bilhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a fim de ajudar a combater a crise de dívida da zona do euro.
Mas os líderes da zona do euro, composta por 17 países, decidiram que o fundo Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (ESM, na sigla em inglês), que terá uma capacidade efetiva de financiamentos de 500 bilhões de euros, não será autorizado a atuar como um banco, conforme quer a França.
Tal autorização permitiria ao ESM refinanciar-se nas operações de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) e dar a ele enorme poder de fogo, mas isso quebraria as regras da UE, que proíbem o BCE de financiar déficits governamentais.
"Nós... concordamos sobre a aceleração da vigência do fundo de resgate ESM. Ele deveria passar a valer em julho de 2012", afirmou o presidente do encontro entre líderes, Herman Van Rompuy, em coletiva de imprensa no início desta sexta-feira após uma noite de conversas.
O ESM deve substituir o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), de 440 bilhões de euros. O BCE atuará como um agente para o EFSF e o ESM nas operações do mercado.