Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrãnia, que irá à reunião da Otan e pressiona para que seu paíse entre no bloco (Wojtek Radwanski/AFP)
Redação Exame
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 14h17.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 14h20.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que adiou uma visita iminente à Arábia Saudita devido à proximidade com a reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta terça-feira em Riad.
"Recebemos a informação através da mídia. Não sei quem vai ficar (em Riad), quem vai embora ou quem vai para onde. Estamos absolutamente claros, abertos. Não quero concordar. E é por isso que não irei à Arábia Saudita", disse Zelensky em entrevista coletiva de imprensa conjunta com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara.
Zelensky expressou novamente seu descontentamento por não ter sido informado pelos EUA de que a reunião com os russos seria realizada e insistiu que "nenhuma decisão pode ser tomada sem a Ucrânia sobre como acabar com a guerra na Ucrânia".
Além disso, comentou que informou aos sauditas que não viajaria ao país nesta semana, para o qual havia sido convidado por Riad para uma visita bilateral não relacionada às negociações, e acrescentou que a viagem será adiada para 10 de março.
Também nesta terça, Zelensky pediu negociações "justas" que incluam a União Europeia (UE), o Reino Unido e a Turquia, após a reunião entre funcionários de alto escalão americanos e russos na Arábia Saudita.
"Ucrânia, a Europa em um sentido amplo - isto inclui União Europeia, Turquia e Reino Unido - deveriam participar das negociações e da elaboração das garantias de segurança necessárias com Estados Unidos sobre o destino de nossa parte do mundo", declarou Zelensky em visita à Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira que a Turquia seria uma "anfitriã ideal" para negociações de paz na Ucrânia.
"Nosso país será o anfitrião ideal para as prováveis negociações entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos em um futuro próximo", disse o chefe de Estado turco após a reunião em Ancara com seu colega ucraniano.
O presidente americano, Donald Trump, "lançou uma iniciativa diplomática para acabar com a guerra rapidamente por meio de negociações. Essa abordagem coincide com a política seguida pela Turquia há três anos", disse Erdogan.
Com informações de EFE e AFP