Zapatero, da Espanha: o maior acordo envolve a empresa petrolífera Repsol
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2011 às 12h30.
São Petersburgo - O chefe do Executivo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e o presidente russo, Dmitri Medvedev, apostaram neste sábado por intensificar a cooperação econômica e apoiaram a Repsol, Talgo e Gestamp na assinatura de acordos com empresas russas por um valor de 800 milhões de euros.
Estes convênios foram um dos eixos da visita a São Petersburgo de Zapatero, convidado por Medvedev a participar do encerramento do Fórum Econômico Internacional promovido na cidade anualmente.
O acordo mais relevante foi o assinado pelo presidente da Repsol, Antonio Brufau, já que implica um investimento de cerca de 600 milhões de euros para criar uma companhia mista com a russa Alliance e cooperar nos campos que a empresa possui na região de Samara e na república de Tartária.
Após anos de negociações, a Talgo também entra no mercado russo com a venda de sete trens de passageiros por um valor de aproximadamente 130 milhões de euros.
Já a Gestamp, especializada em autopeças, fechou um acordo de isenções fiscais com o governo de Leningrado e outro com a república de Tartária para construir uma indústria com um investimento de entre 30 e 50 milhões de euros.
Zapatero e Medvedev concordaram que as trocas comerciais não estão à altura do peso das duas economias e se comprometeram a facilitá-las em setores de interesse mútuo, como o gás, o petróleo, as infraestruturas e os transportes.
Fontes do Executivo espanhol destacaram concretamente o interesse em participar dos projetos que estão sendo iniciados na Rússia como organizadora da Copa do Mundo de 2018, desde estradas e linhas ferroviárias a hotéis e sistemas de telecomunicações.
Após manterem uma reunião bilateral, Zapatero e Medvedev presidiram uma reunião com empresários dos dois países. Em seguida, o chefe do Executivo espanhol participou do encerramento do Fórum Econômico, no qual garantiu aos economistas e empresários presentes que a União Europeia aprovará a tempo as novas ajudas financeiras que a Grécia necessita e o país "seguirá adiante".