Nova Zelândia: pessoas se solidarizaram com ataque que deixou pelo menos 49 mortos (Sait Serkan Gurbuz/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de março de 2019 às 16h37.
San Francisco - O Youtube anunciou nesta segunda-feira que retirou do ar "dezenas de milhares" de vídeos da plataforma que mostravam o atentado terrorista cometido na sexta-feira passada em Christchurch, na Nova Zelândia, que deixou 50 mortos e 50 feridos e que foi transmitido ao vivo no Facebook.
Em comunicado, o site explicou que a quantidade de vídeos do ataque publicados a partir da transmissão original, que foi eliminada imediatamente, "não tem precedentes tanto pela escala como pela rapidez".
A velocidade com a qual os vídeos foram publicados no Youtube nas horas posteriores ao atentado chegou a alcançar um novo upload por segundo, segundo a empresa, que garantiu ter eliminado as contas que "promoviam ou glorificavam o ocorrido".
Embora o procedimento habitual do Youtube para determinar se um conteúdo deve ser eliminado por violar os termos de uso inclua observadores humanos que revisam a pré-seleção feita por um sistema de inteligência artificial, neste caso o site automatizou o processo para apagar os vídeos mais rapidamente.
O fato de o massacre ter sido transmitido ao vivo colocou as redes sociais sob os holofotes. O Facebook informou no domingo que tinha retirado 1,5 milhão de vídeos nas primeiras 24 horas, dos quais 1,2 milhão foram apagados da plataforma antes que alguém pudesse assistir.
Um juiz da Nova Zelândia acusou nesta segunda-feira um adolescente de divulgar as imagens do atentado e publicar material suspeito na semana anterior ao ataque, incluindo imagens dos templos com as palavras "alvo identificado" e mensagens que incentivavam a violência.
Considerado pela polícia como único autor do massacre, o australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, está em prisão preventiva após ter sido acusado de homicídio no sábado passado.