Segundo o serviço meteorológico, o núcleo do ciclone tem diâmetro de 35 quilômetros. (Reuters/Agência Meteorológica do Japão/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 00h19.
Sydney - O ciclone "Yasi", considerado de "proporções catastróficas" pelas autoridades australianas, deixou um rastro de destruição em sua passagem pelo nordeste da Austrália.
Apesar da força do ciclone, que chegou à terra firme com categoria 5 por volta da meia-noite pelo horário local (12h de Brasília), a chefe do Governo do estado de Queensland, Anna Bligh, indicou que a Polícia não recebeu informação de vítimas.
Bligh assinalou que as localidades mais afetadas pelo ciclone são Innisfail, Mission Beach, Cardwell e, sobretudo, Tully, onde cerca de 90% das construções sofreram danos.
O ciclone segue agora rumo a Georgetown e Charters Towers, no interior da Austrália, menos povoado que a região litorânea.
O porta-voz do Escritório de Meteorologia, Rick Threlfal, indicou à emissora de rádio "ABC" que nas próximas duas horas a força dos ventos aumentará, antes de começar a arrefecer.
Segundo o serviço meteorológico, o núcleo do ciclone tem diâmetro de 35 quilômetros.
A Polícia indicou que recebeu informações de danos em edifícios de Townsville e Mission Beach, e que também houve queda de energia elétrica em áreas de quase todas as localidades situadas ao nordeste de Queensland.
Os fortes ventos do ciclone, que se desloca a uma velocidade de 29 km/h, derrubaram árvores e arrancaram telhados de edifícios, segundo os primeiros dados oficiais.
Em seu último boletim, o Escritório de Meteorologia assinalou que o ciclone chegará à costa oriental de Queensland pelo norte da localidade de Innifail, próxima à cidade de Cairns, na qual vivem 164 mil pessoas.
Com o ciclone se aproximando da costa, a primeira-ministra do estado de Queensland, Anna Bligh, fez o apelo para que os residentes das localidades litorâneas busquem refúgios seguros.
Segundo as autoridades e os meteorologistas, o ciclone "Yasi", com rajadas de vento de até 297 km/h, podia ser maior e mais "perigoso" que qualquer outro que já atingiu a Austrália.
O serviço nacional de meteorologia assinalou que pouco antes da chegada do ciclone a costa seria atingida por ondas de quase três metros de altura em consequência dos fortes ventos.
Nos dois últimos dias, as autoridades evacuaram cerca de 40 mil pessoas de várias localidades de Queensland, estado que ainda se recupera das inundações que desde novembro deixaram 35 mortos e danos no valor de US$ 5,6 bilhões.