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Yanukovich teria pago quantia a ex-diretor de campanha de Trump

Segundo um deputado, o ex-presidente ucraniano pró-Rússia pagou 750 mil dólares a Paul Manafort através de uma offshore

Paul Manafort: a Ucrânia publicou em agosto vários documentos com supostos pagamentos a Manafort (Chip Somodevilla/Getty Images)

Paul Manafort: a Ucrânia publicou em agosto vários documentos com supostos pagamentos a Manafort (Chip Somodevilla/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h00.

Um deputado ucraniano acusou nesta terça-feira o ex-diretor de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, de ter recebido um pagamento de 750.000 dólares do ex-presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanukovich através de uma companhia offshore.

"Trata-se de um pagamento de 14 de outubro de 2009 de um total de 750.000 dólares", disse à imprensa o deputado Serguii Lechtchenko.

Segundo ele, o dinheiro foi transferido à conta de Paul Manafort no estado da Virginia através de uma conta no Quirguistão de uma sociedade offshore com sede em Belize, Neocom Systems Limited. Oficialmente, o pagamento corresponde à entrega de 501 computadores.

"O contrato só serviu para criar uma base legal com a qual Manafort obteve este dinheiro" de Yanukovich, disse o deputado, garantindo que a empresa do ex-diretor da campanha de Trump figura no documento.

A Ucrânia publicou em agosto vários documentos com supostos pagamentos a Manafort de um valor total de 12,7 milhões de dólares entre 2007 e 2012, sem que se saiba exatamente a que corresponde este dinheiro.

Na época, Manafort era conselheiro em relações públicas do ex-presidente Yanukovich e de seu Partido das Regiões, expulso do poder em 2014 por uma revolta pró-europeia.

A administração Trump está tentando se distanciar de Manafort, que trabalhou para o então candidato republicano, mas renunciou poucos meses depois.

Manafort é uma das pessoas próximas a Trump que tem relações pouco claras com o poder russo e que foi alvo de especulações.

Na segunda-feira, o diretor do FBI, James Comey, confirmou pela primeira vez que está realizando uma investigação desde o ano passado sobre uma possível coordenação entre integrantes da campanha de Trump e o governo russo.

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