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Yahya Sinwar: Exército israelense encontra mais de R$ 50 mil junto ao corpo do líder do Hamas

Esses itens indicam que Sinwar estava, provavelmente, sendo forçado a mudar de local, à medida que a operação apertava o cerco

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (David Silverman/Getty Images)

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (David Silverman/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 18 de outubro de 2024 às 20h13.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 20h16.

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Após o assassinato do líder do Hamas nesta quarta-feira, os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) encontraram balas de menta, uma arma, colete balístico, documentos e mais de R$ 50 mil em espécie (40 mil shekels, a moeda israelense) junto ao corpo de Yahya Sinwar, segundo a rede britânica BBC. Esses itens indicam que Sinwar estava, provavelmente, sendo forçado a mudar de local à medida que a operação israelense apertava o cerco.

Nos últimos meses, Sinwar, apontado como o arquiteto do ataque de 7 de outubro de 2023, parou de usar dispositivos eletrônicos e mantinha contato com sua organização por meio de uma rede de mensageiros humanos, de acordo com autoridades israelenses e americanas.

O Exército israelenses acreditava que ele se escondia "vestido de mulher" em uma das vastas redes de túneis que o Hamas cavou sob Gaza nas últimas duas décadas. No entanto, no início de agosto, ele precisou sair dessas passagens subterrâneas após quase ser capturado. Dezenas de operações realizadas pelos serviços militares e de inteligência restringiram gradualmente os movimentos de Sinwar até a área próxima à cidade de Rafah, onde ele foi morto.

Na operação desta quarta-feira, os militares enviaram um drone que registrou Sinwar ferido após uma troca de tiros e com o rosto coberto momentos antes de ser morto.

Em entrevista à CBS News, um oficial israelense disse que, depois que Sinwar correu para dentro do prédio, as Forças Armadas de Israel dispararam contra ele um míssil de tanque e, então, enviaram o drone para confirmar a morte. Nas imagens é possível vê-lo sentado em uma poltrona e jogando um pedaço de madeira em direção ao drone. Nesse momento, ao perceberem que ele ainda estava vivo, os militares abriram fogo novamente, resultando em sua morte.

Em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, o principal porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, descreveu a série de eventos que levaram ao assassinato de Sinwar.

— Nós o identificamos como um terrorista, atiramos no prédio e fizemos a varredura. Encontramos ele com um colete, uma arma e 40 mil shekels. Ele estava em fuga, mas nossas forças o eliminaram — disse Hagari.

Militares não sabiam que atiravam contra Sinwar

Por mais de um ano, as forças de segurança de Israel, apoiadas pelos Estados Unidos, dedicaram vastos recursos e reuniram uma grande quantidade de informações na caçada de Sinwar, o líder do Hamas que foi o arquiteto dos ataques de 7 de outubro. No entanto, nesta quarta-feira, uma unidade de comandantes de esquadrão em treinamento o encontrou inesperadamente durante uma operação no sul de Gaza, de acordo com quatro oficiais de defesa israelenses.

O próprio chefe do Estado-Maior do Exército israelense, o tenente-general Herzi Halevi, reconheceu que a operação não foi um ataque direcionado, mas inesperado:

— Conduzimos muitas operações especiais nesta guerra, nas quais tínhamos excelentes informações e enviamos forças preparadas com precisão exata sobre onde ir. Aqui, não tivemos isso — disse.

A unidade estava em patrulha no sul de Gaza quando os soldados israelenses se depararam com um pequeno grupo de combatentes, segundo as autoridades. Os soldados não estavam na área para uma operação de assassinato, e não tinham informações prévias de que Sinwar estava no local. Com o apoio de drones, os militares entraram em um tiroteio com os militantes palestinos que acabaram mortos.

Durante o combate, os militares israelenses atacaram prédios onde os homens do Hamas haviam se abrigado. Quando a poeira baixou e eles começaram a revistar o prédio, os soldados notaram que um dos corpos tinha uma semelhança chocante com o líder do Hamas.

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