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Xiitas armados montam acampamento de protesto no Iêmen

Presidente classificou de irresponsáveis as atuações dos rebeldes e advertiu que serão tomadas medidas firmes e legais em caso de aumento de tensões

Manifestantes em Saana: partidários se mobilizam para obter a queda do governo até sexta-feira (Mohammed Huwais/AFP)

Manifestantes em Saana: partidários se mobilizam para obter a queda do governo até sexta-feira (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 15h19.

Sana - Centenas de homens armados da rebelião xiita no Iêmen montaram nesta terça-feira um acampamento de protesto na periferia de Sanaa, onde seus partidários se mobilizam para obter a queda do governo até sexta-feira.

Neste clima de tensão, o presidente Abd Rabo Mansur Hadi classificou de irresponsáveis as atuações dos rebeldes e advertiu que serão tomadas medidas firmes e legais em caso de aumento de tensões.

Os partidários dos rebeldes de Ansarulah ergueram dezenas de tendas na entrada oeste da capital. Escoltados por homens armados, outros rebeldes organizavam acampamentos no norte e sul da cidade, constatou a AFP.

Cinco mil homens chegaram à capital provenientes da província de Sada (norte), um reduto da rebelião Ansarulah. O líder dos rebeldes, Abdul Malek al-Huthi, ordenou no domingo que seu seguidores marchassem para Sanaa para conseguir "a queda do governo, que fracassou".

O líder rebelde deu como prazo até sexta-feira para as autoridades renunciarem antes de colocar em andamento outras formas de ação "legítimas", que não foram informadas.

As forças de segurança mobilizaram esforços na entrada oeste de Sanaa.

Os partidários dos rebeldes se opõem ao recente aumento dos preços do petróleo, cujo impacto é grande para a população desse país pobre. Dezenas de milhares de pessoas já protestaram na segunda-feira no centro da capital.

Os rebeldes de Ansarulah, que controlam a província de Sada, são acusados de querer ampliar sua zona de influência no futuro Estado federal do Iêmen, que contará com seis províncias. Estes combatentes tomaram no início de julho a cidade de Amran, às portas de Sanaa, de onde se retiraram posteriormente.

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