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Xi Jinping pede aos ricos que reduzam desigualdades na China

À medida em que fica mais rica, a China começa a sofrer com aumento da desigualdade: apesar de ter recorde mundial de bilionários, só no ano passado o país erradicou a pobreza

Xi Jinping: presidente chinês disse que é preciso reduzir desigualdade no país (AFP/AFP)

Xi Jinping: presidente chinês disse que é preciso reduzir desigualdade no país (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de agosto de 2021 às 14h16.

Última atualização em 18 de agosto de 2021 às 18h16.

O presidente chinês Xi Jinping fez um apelo aos seus compatriotas mais ricos para que trabalhem "pela prosperidade comum" e prometeu um "ajuste" nas rendas excessivas, em um país em que o rápido crescimento econômico ampliou as desigualdades.

O nível de vida na China aumentou consideravelmente desde a década de 1970 e hoje é um mercado gigantesco com centenas de milhões de consumidores de classe média, seduzidos pelas multinacionais estrangeiras.

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No entanto, as diferenças de riqueza são significativas.

Embora a China tenha o recorde mundial de bilionários em dólares, só no ano passado o país erradicou oficialmente a pobreza absoluta. 

Em uma reunião dedicada à economia, o presidente chinês pediu uma redistribuição "razoável" das riquezas que "beneficie a todos", informou a mídia estatal.

Pelo interesse da igualdade social, medidas devem ser tomadas para "aumentar a renda dos grupos de baixa renda" e "ajustar as rendas excessivas", disse Xi Jinping, segundo um balanço da reunião.

Não está claro de qual forma o presidente planeja alcançar este objetivo, mas suas diretrizes marcam o tom das prioridades do país para os próximos meses.

A reunião também pediu uma maior igualdade na educação, enquanto os altos custos das aulas privadas de reforço, comuns no competitivo sistema educacional do país, são cada vez mais criticados.

A fala de Xi acontece semanas depois de o presidente avançar com regulações contra grandes empresas chinesas. O governo chinês anunciou uma nova e abrangente estrutura regulatória para o setor de educação online, que reclamou ter sido "sequestrado pelo capital".

Nomes como a Tencent, de jogos e redes sociais, e a Didi, de transporte compartilhado, também foram alvo desavenças regulatórias recentes.

A varejista Alibaba, do bilionário Jack Ma, já havia tido seus embates com o governo chinês no começo do ano e um IPO (abertura de capital na bolsa) de sua fintech cancelado.

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