Xi Jinping: "Todos os países deveriam conjuntamente moldar o futuro do mundo" (Denis Balibouse/Reuters)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 22h47.
Genebra - O presidente da China, Xi Jinping, apoiou nesta quarta-feira a aplicação de respostas globais e coordenadas aos problemas mundiais e citou como exemplo o Acordo de Paris sobre a Mudança Climática, um "marco" que prometeu defender.
"Todos os países deveriam conjuntamente moldar o futuro do mundo. Tramitar os problemas globais de maneira conjunta e garantir que o desenvolvimento é partilhado por todos", disse Xi em discurso na sede europeia da ONU, na qual defendeu com firmeza o "multilateralismo".
O líder chinês reiterou várias vezes a importância do diálogo e "a cooperação maior que o confronto" entre todos os países, tanto pequenos como grandes, como única via para resolver disputas.
Xi deixou claro que a China "está totalmente comprometida com o multilateralismo" porque entende que a única maneira de avançar é "juntos".
"A China ficará bem se o mundo estiver bem e vice-versa", declarou, ao mencionar a luta contra a mudança climática e o "marco" de ter conseguido assinar o Acordo de Paris, que visa reduzir as emissões dos países para limitar o aquecimento global.
"O Acordo de Paris foi um marco e garantiremos que esta conquista não descarrile", disse o chefe de Estado chinês sem citar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou que sairá desse tratado internacional.
Na mesma linha, Xi defendeu "um mundo sem armas nucleares" e que deveria ser regido pelo princípio de "um por todos e todos por um", como a única maneira de conseguir e manter paz e desenvolvimento para "toda a humanidade". Além disso, defendeu a soberania nacional como "essencial" para o bom funcionamento da comunidade internacional.
"Não deveria ter nenhuma interferência nos assuntos internos. Cada um deve escolher seu sistema social e seu caminho de desenvolvimento", ressaltou.
O presidente chinês afirmou que a humanidade ainda enfrenta grandes desafios, como o fato de que o crescimento global ainda é lento, o mundo não se recuperou da crise financeira de 2008, as diferenças de desenvolvimento se agravam e há vários conflitos abertos.
Xi lembrou o aumento exponencial do número de deslocados no mundo e informou que China doará US$ 200 milhões para os refugiados sírios.
"O terrorismo é o inimigo comum da humanidade", afirmou o líder chinês, que se mostrou otimista ao dizer que todos estes desafios podem ser superados porque "não existe conflito tão grande a ponto de não poder ser resolvido", concluiu.