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Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2013 às 10h25.
Beirute - Os serviços de inteligência da polícia do Líbano detiveram um xeque religioso acusado de envolvimento no duplo atentado de ontem na cidade de Trípoli, que causou pelo menos 47 mortes e deixou 900 feridos, informaram neste sábado diferentes fontes.
A prisão do xeque Ahmad el Gharib aconteceu depois que ele foi visto em uma das gravações de uma câmera de vigilância colocada na mesquita Al Salam, informou hoje a 'Agência Nacional de Notícias (ANN)', que acrescentou que em sua residência foram encontradas várias armas e granadas.
Segundo o jornal 'Al Akhbar', Gharib, de 40 anos, tem ligações com o chefe do Movimento de Unificação Islâmica (MUI), Hachem Menkara, um grupo salafista sunita próximo do regime sírio e do grupo xiita Hezbollah.
No entanto, em comunicado, o MUI desmentiu a detenção de um de seus xeques e destacou que qualquer um que estiver envolvido nesse 'horrível ato criminoso' deve ser castigado de forma severa.
O primeiro-ministro Najib Mikati qualificou hoje o ocorrido como uma 'grande catástrofe humana' e pediu à população de Trípoli contenção e paciência.
'O número de feridos supera 900', acrescentou, e assinalou que as forças de segurança reforçaram sua presença e as medidas de segurança para evitar um novo ataque.
A calma prevalece hoje nessa cidade de maioria sunita, onde é possível ouvir, de vez em quando, disparos no bairro de Bab el Tebani, de maioria sunita, e seus arredores, segundo a imprensa local.
A 'ANN' disse que unidades do Exército começaram a retirar os escombros das ruas, enquanto os guindastes retiram os veículos destruídos e a Polícia Militar prossegue com suas investigações.
Ontem à noite, Mikati decretou um dia de luto nacional e pediu às administrações paralisação durante uma hora em sinal de solidariedade com as vítimas em Trípoli.