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WikiLeaks publica 1,7 mi de documentos diplomáticos dos EUA

Os dados só podiam ser acessados até agora por arquivos nacionais americanos, em um formato que não permite realizar buscas de palavras contidas nos documentos


	"Os telegramas estavam ocultos em uma fronteira entre o secreto e a complexidade", disse Julian Assange
 (Leon Neal/AFP)

"Os telegramas estavam ocultos em uma fronteira entre o secreto e a complexidade", disse Julian Assange (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 20h38.

O site WikiLeaks publicou mais de 1,7 milhão de documentos diplomáticos americanos que datam dos anos 1970 e foram oficialmente liberados ao público, mas que continuam sendo de difícil acesso para o público, segundo seu fundador Julian Assange em uma mensagem de vídeo divulgada nesta segunda-feira.

Os novos documentos publicados, que abarcam o período entre 1973 e 1976, incluem cartas enviadas e recebidas pelo secretário de Estado americano da época, Henry Kissinger. Podem ser consultados no endereço wikileaks.org/plusd/.

Essas mensagens haviam sido oficialmente liberadas ao público pelo governo americano, indicou a jornalistas em Washington o polêmico fundador do site, Julian Assange, por meio de um vídeo divulgado ao vivo da embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar sua extradição para a Suécia em um caso de suposto estupro.

No entanto, esses dados só podiam ser acessados até agora por meio dos arquivos nacionais americanos e em um formato que não permite realizar buscas de palavras contidas nos documentos.

"Os telegramas estavam ocultos em uma fronteira entre o secreto e a complexidade", disse Julian Assange, considerando que os arquivos podem voltar a ser classificados como confidenciais e bloqueados.

Assange desencadeou a ira dos Estados Unidos ao divulgar em 2010 centenas de milhares de documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e mensagens diplomáticas confidenciais que causaram constrangimento para governos de todo o mundo.

Alguns documentos se referem, por exemplo, ao Vaticano, que minimizou os massacres cometidos pelo regime do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990), após o golpe de 1973 e manifestou sua compreensão e tolerância diante do derramamento de sangue após o golpe de Estado no Chile.

Julian Assange se refugiou em junho na embaixada do Equador em Londres. O país sul-americano lhe concedeu asilo político, mas o Reino Unido pretende aplicar a ordem de detenção sueca.

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