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WikiLeaks: Cuba propôs aos EUA "telefone vermelho" para tratar de disputas

Proposta foi feita no ano passado por Raúl Castro à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, segundo documentos secretos revelados pelo WikiLeaks

Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA: ela dise não ao canal secreto de comunicações (Michael Nagle/Getty Images)

Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA: ela dise não ao canal secreto de comunicações (Michael Nagle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h52.

Madri - Cuba propôs aos Estados Unidos estabelecer um "telefone vermelho" de comunicação direta entre Havana e Washington para tratar das disputas entre os dois países, segundo os documentos secretos revelados pelo site "WikiLeaks" a vários diários, entre eles o "El País".

O jornal espanhol assinalou nesta sexta-feira que a proposta foi feita no ano passado por Raúl Castro à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, através do ministro de Relações Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos.

Washington, no entanto, rejeitou a oferta para estabelecer o canal secreto de comunicações, que facilitaria "a direta negociação dos assuntos mais delicados", e indicou que Cuba devia utilizar os canais existentes para avançar nos temas pendentes.

Quando Castro comunicou seu desejo a Moratinos, o ministro espanhol indicou ao líder cubano que o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e o presidente americano, Barack Obama, "poderiam discutir os detalhes durante a próxima reunião dos dois", segundo um relatório de 18 de dezembro de 2009.

Na mensagem, o Escritório de Interesses informa ao Departamento de Estado que "considera valioso" coordenar com o Governo de Madri temas de direitos humanos, pois a "Espanha lidera um importante bloco dentro da União Europeia".

Entre o vazamento dos documentos diplomáticos americanos, o "El País" publica ainda que os EUA modificaram "substancialmente" seu enfoque sobre a velha dissidência cubana, apostando na maior representação social dos jovens blogueiros, artistas e músicos que fazem oposição ao regime.
 

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