O premiê chinês, Wen Jiabao: nenhum dos protestos conseguiu ser realizado no país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 08h33.
Pequim - "Acompanhamos de perto as turbulências em certos países da África do Norte e Oriente Médio, mas não existe nenhuma analogia entre a China e esses países", declarou nesta segunda-feira o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em coletiva de imprensa.
"Nos encontramos diante de tarefas enormes e de uma situação complexa no plano interno e internacional (...) e devemos trabalhar duro para ter sucesso em todas as frentes e atingir os objetivos fixados", disse Wen Jiabao, citando especialmente um crescimento mais equilibrado e o combate à inflação.
O chefe de Governo fez tais declarações ao final da sessão anual do Parlamento Chinês (ANP), depois de circularem convocações pela internet para concentrações em várias cidades chinesas, a exemplo da "revolução do jasmim" que causou a queda do regime de Ben Ali na Tunísia.
Nenhuma manifestação aconteceu na China, onde a polícia se mobilizou de forma maciça para impedi-las.
Na abertura da sessão anual do Parlamento, no dia 5 de março, o premier chinês admitiu a existência de um descontentamento popular na China, fruto da inflação e do consequente risco de instabilidade.