Cratera do vulcão Kilauea: "A lava fundida no oceano gera um vapor que pode parecer inofensivo, mas pode ser muito perigoso", advertiu Babb (Gillfoto/ Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h08.
Washington - O vulcão Kilauea, situado na maior ilha do arquipélago do Havaí, começou a despejar lava no Oceano Pacífico criando uma estranha fusão de vapor nas ondas, que, se continuar, poderia se transformar em uma nova atração turística, disse nesta quarta-feira Janet Babb, porta-voz do Observatório Geológico e Vulcânico dos Estados Unidos.
A lava do Kilauea, em erupção constante desde 1983, começou a fluir no mar no sábado passado e a lança 11 quilômetros mar adentro.
Embora os profissionais de turismo do Havaí esperassem um aumento de visitantes atraídos pelo espetáculo natural explosivo, as autoridades advertiram que se aproximar da lava pode ter risco de morte e pediu aos visitantes permanecerem a uma distância segura e respeitar as barreiras impostas pelo fluxo de lava.
"Os lançamentos (de lava) ao mar podem ser muito bonitos, mas também (são) muito perigosos", enfatizou Babb.
Quando a lava chega ao mar, se esfria, escurece e endurece em um delta de lava no meio de uma nuvem de vapor, mas por ser um material recente, o "delta" é instável e pode desabar de maneira imprevisível sobre o mar.
Quando isso acontece, os visitantes que estiverem a até 100 metros de distância do delta podem ser queimados por fortes esguichos de lava e por jatos de água fervente em consequência da queda, acrescentou a porta-voz.
"A lava fundida no oceano gera um vapor que pode parecer inofensivo, mas pode ser muito perigoso. É ácido e contém pequenas partículas de vidro vulcânico, e as ondas que quebram sobre a lava podem espirrar água fervendo", advertiu.