Cabul - A Comissão Eleitoral afegã decidiu estender em uma hora o horário de abertura dos colégios eleitorais, alguns dos quais se ficaram sem cédulas devido à grande presença de eleitores que está sendo registrada no pleito deste sábado, informou à Agência Efe uma fonte do organismo.

Com a decisão, os postos de votação manterão suas portas abertas até as 17h (local, 9h30 de Brasília) 'para poder dar a oportunidade a mais eleitores', disse uma porta-voz do órgão, Marzia Siddiqui.

O primeiro turno das eleições presidenciais e provinciais está registrando uma boa participação, apesar das fortes chuvas em partes do norte do Afeganistão.

A boa presença de eleitores fez com que em alguns colégios do país se esgotassem as cédulas de voto, que a Comissão tinha repartido de acordo com suas previsões de participação.

'Não quisemos dar muitas para dificultar qualquer tipo de fraude, mas as delegações locais da Comissão estão fazendo chegar em pouco tempo as cédulas que faltam', declarou a porta-voz.

Passadas as 12h (local, 4h30 de Brasília), não haviam sido registrados grandes atentados da insurgência, mas foram divulgados alguns incidentes armados que, contudo, não influenciaram o pleito em grande escala.

O ataque mais grave aconteceu na província de Zabul, onde dois policiais morreram e outros dois ficaram feridos com a explosão de uma bomba por onde o veículo dos dois passava, segundo autoridades locais.

A Comissão Eleitoral dará uma primeira estimativa do número de eleitoresassim que as urnas forem fechadas, segundo Siddiqui.

Após ter votado pela manhã na capital, o atual presidente, Hamid Karzai, parabenizou os eleitores por irem às urnas 'para escolher seu futuro presidente inclusive com o mau tempo'.

Três candidatos partem como favoritos para substituir Hamid Karzai, presidente do país há mais de 12 anos e vencedor das duas últimas eleições presidenciais, realizadas em 2004 e 2009.

Abdullah Abdullah, Ashraf Ghani e Zalmai Rasul lideram as pesquisas em uma disputa que possivelmente será decidida no segundo turno, que está programado para o final de maio, caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos. EFE