Árvores caídas são vistas no bairro de Benfica, em Lisboa, após a passagem da tempestade Leslie (Rafael Marchante/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de outubro de 2018 às 10h29.
Lisboa - Cerca de 50 voos foram cancelados e mais de 15 mil casas ficaram sem fornecimento de energia elétrica em Portugal devido à passagem da tempestade tropical Leslie, que pode trazer ventos de até 190 km/h.
A tempestade obrigou o cancelamento de 29 voos nos aeroportos de Lisboa e Funchal (Madeira) e outros 12 no aeroporto do Porto.
Leslie, a pior tempestade tropical a castigar o país desde 1842, tocou terra na Península Ibérica nas proximidades de Figueira da Foz, a cerca de 200 quilômetros ao norte de Lisboa, embora as autoridades portuguesas tenham mantido o alerta vermelho em 13 distritos do país.
O "agravamento" da situação devido à força de Leslie obrigou o cortar de fornecimento de energia elétrica para mais de 15 mil casas, segundo um porta-voz da EDP, a empresa distribuidora.
A maior parte dos afetados se encontram no distrito de Leiria e nos arredores de Lisboa, embora a empresa não descarte que os cortes sejam ampliados para outras áreas durante a madrugada.
Testemunhas falam grande destruição em Figueira da Foz, com queda de árvores e semáforos arrastados pelo vento que, segundo estimativas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, chegaram a 176 km/h.
Na cidade de Alcobaça, cerca de 50 pessoas foram retiradas de uma área de camping, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.
Em Lisboa, foi interrompido o trânsito fluvial entre Trafaria, Porto Brandão e Belém, as duas margens do rio Tejo mais próximas ao mar.
Por enquanto não está previsto o fechamento das duas pontes que cruzam o Tejo para dar acesso por estrada a Lisboa, embora as autoridades não descartem recorrer a esta medida se a situação se complicar.
A Defesa Civil recomenda à população que evite transitar pelas ruas, embora Leslie "tenha perdido intensidade" nas últimas horas e sido rebaixado de sua categoria de furacão para tempestade tropical. EFE