Presidente dos EUA, Barack Obama: "Desde o verão, o EI não teve uma grande operação ofensiva sequer bem-sucedida em seu território na Síria ou Iraque", afirmou (Jonathan Ernst/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 19h09.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, demonstrou nova determinação para destruir o grupo Estado Islâmico (EI), ao prometer matar seus líderes e recuperar os territórios ocupados pelos radicais no Oriente Médio.
O chefe de Estado americano afirmou, em tom forte, que Washington e seus aliados aumentaram o volume de seus ataques contra o grupo extremista, levando a luta contra o EI para o Iraque e Síria.
"Estamos atingindo o EI mais forte do que nunca", disse Obama, em seu segundo discurso dirigido ao ataque aparentemente influenciado pelo Estado Islâmico, que levantou questões sobre sua estratégia.
"Ao espremer seu coração, tornamos mais difícil para o EI reproduzir seu terror e propaganda para o resto do mundo", insistiu Obama, após se reunir com comandantes militares e conselheiros da segurança nacional.
Listando oito nomes do grupo extremista abatidos durante operações da coalizão, o presidente emitiu um aviso severo.
"Líderes do EI não podem se esconder e nossa próxima mensagem para eles é simples: vocês são os próximos", acrescentou.
Obama afirmou que forças especiais americanas estão agora na Síria, ajudando grupos locais a atingir a "capital" proclamada do grupo Estado Islâmico, Raqqa.
Enquanto isso, forças iraquianas se deslocam para tomar Ramadi, "cercar Fallujah e cortar rotas de abastecimento do EI até Mossul".
Pelo ar, Obama disse que os Estados Unidos e seus aliados começaram a atingir "infra-estruturas petrolíferas, destruindo centenas de seus caminhões-tanques, poços e refinarias".
"Desde o verão, o EI não teve uma grande operação ofensiva sequer bem-sucedida em seu território na Síria ou Iraque", afirmou.
Contudo, mesmo antes do ataque de 2 de dezembro por um casal muçulmano na Califórnia que matou 14 pessoas, pesquisas mostravam que mais de 60% dos americanos desaprovavam a forma como Obama está lindando com o grupo Estado Islâmico e a ameaça terrorista mais ampla.
Essa é uma grande mudança desde seu primeiro mandato na Casa Branca, quando foi saudado por autorizar uma operação de alto risco com as forças especiais que matou Osama bin Laden.
Assim como o discurso que realizou oito dias antes no Salão Oval, Obama admitiu que, apesar do grupo radical ter perdido terreno, os progressos nestas iniciativas militares devem "ser acelerados".
"Esta continua sendo uma luta difícil", observando que os extremistas estão usando "homens, mulheres e crianças indefesas como escudos humanos".
O presidente, que se esforça para convencer os americanos dos méritos de sua estratégia contra o grupo, discursou longamente sobre os progressos realizados ao longo do último mês.
"O EI perdeu vários milhares de km2 de território que controlavam na Síria (...) Em muitos lugares, eles perderam sua liberdade de manobra porque sabem que se reunirem suas forças, vamos eliminá-los", frisou.
"No entanto, estamos cientes de que o progresso deve ser mais rápido", acrescentou, ressaltando que inúmeros iraquianos e sírios vivem sob o reinado do terror.