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Vladimir Putin discursará no 70º aniversário da ONU

A comunidade internacional celebrará em setembro o 70º aniversário do fórum, criado exatamente depois da Segunda Guerra Mundial


	O presidente russo, Vladimir Putin: "Espera-se um número recorde de chefes de Estado e de governo", disse ministro das Relações Exteriores da Rússia
 (Jussi Nukari/Lektikuva/Reuters)

O presidente russo, Vladimir Putin: "Espera-se um número recorde de chefes de Estado e de governo", disse ministro das Relações Exteriores da Rússia (Jussi Nukari/Lektikuva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 11h55.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursará na ONU após dez anos de ausência no 70º aniversário da Assembleia Geral, anunciou Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, nesta quarta-feira.

"O presidente tem intenção de participar da sessão da Assembleia Geral. É um grande acontecimento na história dessa organização", disse Lavrov à imprensa russa.

Ele lembrou que a comunidade internacional celebrará em setembro o 70º aniversário do fórum, criado exatamente depois da Segunda Guerra Mundial.

"Espera-se um número recorde de chefes de Estado e de governo", acrescentou, em alusão ao evento, que contará com a presença de todos os grandes líderes mundiais, incluído o papa Francisco.

Até agora, o Kremlin não tinha confirmado a presença de Putin ao aniversário, e a imprensa local sugeria que tudo dependeria da evolução do conflito na Ucrânia e das sanções ocidentais contra a Rússia.

Segundo a imprensa, será discutida a proposta de alguns países de restringir o direito de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, China, Rússia, França e o Reino Unido).

Essas potências não poderiam utilizar o veto em casos de graves crises humanitárias e crimes contra a humanidade.

A Rússia sempre defendeu reforçar o papel da ONU e dar maior voz e voto a outros países, em particular, os emergentes, como Brasil e Índia .

Putin, no poder há mais de 15 anos (como presidente e primeiro-ministro da Rússia), discursou pela última vez na ONU em 2005, quando chamou a organização a se adaptar à nova realidade e mencionou o terrorismo como a maior ameaça para o mundo.

Nos últimos anos, a Rússia esteve representada nas assembleias gerais por Lavrov, com exceção de 2009, quando compareceu o então presidente russo, Dmitri Medvedev.

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