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Viúva de Nelson Mandela contesta testamento e exige casa

Segunda mulher de Mandela está desafiando na Justiça o testamento do falecido líder antiapartheid


	Winnie Madikizela-Mandela é vista em 14 de dezembro de 2013 durante o funeral de Nelson Mandela
 (Stephane de Sakutin/AFP)

Winnie Madikizela-Mandela é vista em 14 de dezembro de 2013 durante o funeral de Nelson Mandela (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 17h24.

Johanesburgo - A segunda mulher de Nelson Mandela, Winnie, está desafiando na Justiça o testamento do falecido líder antiapartheid, o capítulo mais recente da discórdia na família sul-africana.

Em uma carta enviada por seu advogado para os executores do espólio de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela argumentou que seus filhos deveriam estar a cargo da casa dos ancestrais do ex-presidente em Qunu, na província do Cabo Oriental, onde foi enterrado em dezembro.

Winnie, fervorosa ativista antiapartheid que se divorciou de Mandela em 1996, depois que foi revelado que ela o traiu durante os 27 anos em que ele passou na prisão, disse ter adquirido a propriedade de Qunu em 1989 quando Mandela ainda estava encarcerado, o que lhe daria a posse do local nos termos da lei convencional.

Ela não recebeu nada dos 4,1 milhões de dólares do espólio de Mandela, que foi dividido entre sua família, o partido governista Congresso Nacional Africano, ex-empregados e várias escolas.

Cada um dos seus seis filhos e alguns de seus netos receberam 300 mil dólares, e a propriedade de Qunu ficou sob custódia da família.

A carta do advogado de Winnie, Mvuzo Notyesi, afirma que a casa de Qunu deveria ficar com as duas filhas de Madikizela-Mandela, Zindzi e Zenani, e seus filhos.

“É só neste lar que os filhos e netos da senhora Madikizela-Mandela podem praticar seus costumes e tradições”, diz o documento, visto pela Reuters nesta terça-feira.

“Os filhos nascidos do casamento entre o senhor Nelson Mandela e a senhora Winnie Madikizela-Mandela devem ter a custódia conjunta da propriedade, que cabe a eles há gerações”, acrescenta.

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