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Viúva de Mandela renuncia oficialmente a metade da herança

Graça Machel, de 68 anos, receberá, entre outros, quatro propriedades em Moçambique, carros, obras de arte e joias, adquiridas pelo casal desde seu casamento


	Mandela e esposa: ele deixou vários bens à viúva, com quem se casou pela terceira vez no dia de seus 80 anos, com a condição de que ela renunciasse à metade da herança que lhe corresponderia
 (Lars Baron/Getty Images)

Mandela e esposa: ele deixou vários bens à viúva, com quem se casou pela terceira vez no dia de seus 80 anos, com a condição de que ela renunciasse à metade da herança que lhe corresponderia (Lars Baron/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 16h31.

A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, renunciou oficialmente a metade da herança do ícone da luta antiapartheid, estimada em 46 milhões de rands (3,1 bilhão de euros), indicou nesta terça-feira um de seus executores testamentários.

O prêmio Nobel da Paz 1993, falecido no dia 5 de dezembro aos 95 anos, deixou vários bens à viúva do ex-presidente de Moçambique Samora Machel, com quem se casou pela terceira vez no dia de seus 80 anos, com a condição de que renunciasse à metade da herança que lhe corresponderia.

"Machel aceitou formalmente e por escrito os bens legados pelo último testamento do antigo presidente", indicou à agência Sapa o juiz constitucional Dikgang Moseneke.

Graça Machel, de 68 anos, receberá, entre outros, quatro propriedades em Moçambique, carros, obras de arte e joias, adquiridas pelo casal desde seu casamento.

Nelson Mandela deixou dinheiro aos seus filhos e netos - mas não para sua ex-mulher Winnie - aos filhos e netos de Graça, aos seus antigos colaboradores, a diferentes instituições de ensino e ao Congresso Nacional Africano (ANC), o partido do qual foi o mais famoso militante.

Nelson Mandela passou 27 anos nas prisões do regime racista do apartheid, contra o qual lutou. Após sua libertação, conseguiu acalmar as tensões entre negros e brancos na África do Sul e se converteu no artífice da reconciliação no país - do qual foi o primeiro presidente negro, entre 1994 e 1999 - e no mundo inteiro.

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