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Vítimas de massacre da Noruega pedem que local vire museu

O pedido foi feito em carta enviada à Juventude Trabalhista, proprietárias da ilha, e aos órgãos responsáveis, informou nesta quarta-feira o canal norueguês ''TV2'


	Flores deixadas em perto da ilha de Utoya, em homenagem aos mortos nos atentados na Noruega
 (Getty Images)

Flores deixadas em perto da ilha de Utoya, em homenagem aos mortos nos atentados na Noruega (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 21h51.

Copenhague - Cerca de 200 vítimas do massacre na ilha de Utoeya, na Noruega, no qual morreram 69 pessoas em um atentado perpetrado no ano passado contra um acampamento da Juventude Trabalhista, pediram que o local seja conservado como está para se transformar num museu da paz.

O pedido foi feito em carta enviada à Juventude Trabalhista (AUF, por sua sigla em norueguês), proprietárias da ilha, e aos órgãos responsáveis, informou nesta quarta-feira o canal norueguês ''TV2''.

O secretário-geral da AUF, Eskil Pedersen, anunciou há algumas semanas planos para a ilha, que incluem a derrubada de alguns cenários do massacre, assim como a ideia de voltar a organizar no futuro o acampamento anual, que não seria mais realizado em 22 de julho, aniversário do massacre.

''Se derrubarem a cafeteria e a casa de máquinas como está planejado, derrubarão uma parte da história. O 22 de julho ocorreu. É uma parte de nossa história, mas também da Noruega'', declarou Vanessa Svebakk, uma das signatárias do documento e que perdeu uma filha no atentado, praticado pelo extremista Anders Behring Breivik.

Durante a apresentação dos planos, a cúpula da AUF se mostrou compreensiva com os que criticam a reforma de Utoeya, mas defendeu ao mesmo tempo a ideia de reconstruí-la e de honrar as vítimas utilizando a ilha.

''Recuperar a ilha'' foi um lema lançado por Pedersen horas depois do massacre e que foi apoiado por sobreviventes, enquanto outros contestaram a ideia.

''Utoeya para nós é Auschwitz. Para algumas vítimas é nossa câmara de gás. Não se podem realizar shows em um lugar onde 69 pessoas foram assassinadas'', disse Svebakk.

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