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Vítima polonesa de pedofilia cobra indenização da Igreja

Um polonês, abusado sexualmente durante a infância por um padre, iniciou processo civil cobrando uma indenização da Igreja


	Padres da Igreja Católica: vítima pede uma indenização de 200.000 zlotys (155.500 reais)
 (Joe Klamar/AFP)

Padres da Igreja Católica: vítima pede uma indenização de 200.000 zlotys (155.500 reais) (Joe Klamar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 11h49.

Varsóvia - Um polonês, abusado sexualmente durante a infância por um padre, iniciou nesta quinta-feira o primeiro processo civil em seu país cobrando uma indenização da Igreja, anunciou a Fundação Helsinque para os Direitos Humanos (HFHR), que oferece apoio jurídico a vítimas.

O homem, identificado como Marcin K., reclama ante o tribunal de Koszalin (norte) uma indenização de 200.000 zlotys (155.500 reais) à paróquia e à diocese, enquanto o padre pedófilo foi condenado em 2012 a dois anos de prisão em regime fechado, em um processo penal.

"É o primeiro processo civil contra a Igreja Católica. Até o momento, mais de 15 pessoas foram condenadas por abusos sexuais, mas não houve um processo no qual a vítima cobra a responsabilidade não somente do autor do crime, mas também da instituição Igreja", indicou à imprensa Adam Bodnar, vice-presidente da HFHR.

Em outubro do ano passado, a Igreja polonesa rejeitou o mesmo pedido realizado por Marcin K.

O advogado Krzysztof Wyrwa, representante da Igreja neste caso, indicou que a instituição não se sentia responsável pelo caso "já que um padre atua em sua paróquia de maneira autônoma".

O caso de Koszalin faz parte de uma série de casos de pedofilia na Igreja na Polônia, que sacudiram esta instituição poderosa em um país onde mais de 90% das pessoas se dizem católicas.

O escândalo voltou à tona recentemente após a destituição pelo Papa Francisco do núncio na República Dominicana, o arcebispo polonês Jozef Wesolowski, e ações contra um outro padre polonês suspeito de crimes contra menores nesta ilha.

O episcopado polonês rejeita a ideia de uma possível compensação para as vítimas de pedofilia da Igreja polonesa.

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