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Vírus pode reduzir produção suína dos EUA em 7%

Relaório do Rabobank mostra uma queda muito mais acentuada do que o previsto pelo governo


	Porcos em fazenda: vírus Diarreia Epidêmica Suína (PEDv) já matou cerca de 7 milhões de leitões, desde que foi detectado há um ano nos EUA
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Porcos em fazenda: vírus Diarreia Epidêmica Suína (PEDv) já matou cerca de 7 milhões de leitões, desde que foi detectado há um ano nos EUA (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 18h53.

Chicago - Um vírus letal em porcos em fazendas nos Estados Unidos pode reduzir a produção de carne de porco em até 7 por cento este ano, queda muito mais acentuada do que o previsto pelo governo, segundo o banco para o agronegócio Rabobank.

O vírus Diarreia Epidêmica Suína (PEDv) já matou cerca de 7 milhões de leitões, desde que foi detectado há um ano nos Estados Unidos, onde o surto foi mais grave. Ele também apareceu no Canadá e partes da Ásia.

Relatório do estima que haveria uma queda de 6 por cento a 7 por cento em 2014 na produção de carne suína dos EUA ligada a perdas com o vírus. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou anteriormente que o PEDv poderia reduzir a produção em 2 por cento.

Os Estados Unidos são o maior exportador de carne suína do mundo, com 4,992 bilhões de libras-peso embarcadas em 2013, ante um recorde de 5,381 bilhões de libras-peso do ano anterior, de acordo com o USDA.

A Tyson Foods, importante frigorífico do país, espera declínio de até 4 por cento na produção de carne suína dos EUA no ano.

"O PEDv foi a força motriz empurrando para cima os preços da carne de porco, especialmente nos EUA, para níveis recordes", disse o analista do Rabobank Albert Vernooij na nota.

Rabobank avalia que as perdas em suínos atreladas a PEDv nos Estados Unidos, México, Japão e Coreia do Sul poderiam levar a uma escassez de produção de carne suína mundial em 2014, em vez de um aumento de 1,3 por cento que tinha estimado anteriormente.

Mas o estresse atual sobre o abastecimento de carne de porco globais está sendo facilitado por um excesso de oferta na China, maior produtor e consumidor de carne suína do mundo, disse o Rabobank.

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