O complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, a mais de 9 mil quilômetros da Nova Zelândia, entrou em erupção em 4 de junho e criou uma nuvem de cinza que alterou as operações aéreas (Don Arnold/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2011 às 06h49.
Sydney - A companhia aérea Virgin Australia suspendeu nesta segunda-feira todos os voos programados para terça-feira com origem e destino em Adelaide e Mildura devido ao retorno das cinzas do vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle ao espaço aéreo australiano.
"As previsões sugerem que a nuvem de cinza estará na terça-feira abaixo dos 20 mil pés (6,1 quilômetros) sobre Adelaide e Mildura e por isso suspendemos estes serviços para amanhã", disse o chefe de operações da companhia aérea, Sean Donohue.
Enquanto isso, uma porta-voz da Qantas Airways indicou ao "Sydney Morning Herald" que ainda não cancelaram os serviços ao considerar que o "impacto será mínimo", mas não descartou que houvesse atrasos em alguns voos de Adelaide no início da manhã.
As companhias aéreas Jetstar e Tiger Airways também não suspenderam voos.
Segundo o Centro de Vigilância de Cinzas australiano, a nuvem de cinza do Puyehue-Cordón Caulle se desloca com rapidez para o sudoeste da Austrália Ocidental região que se encontra cerca de 2 mil quilômetros.
As autoridades preveem que o cruzamento da fronteira do estado da Austrália do Sul na terça-feira ocasione problemas no corredor aéreo entre Melbourne e Sydney ao expandir-se depois em direção ao sul do estado de Nova Gales do Sul.
Na semana passada, a nuvem de cinzas obrigou o cancelamento de dezenas de voos na Austrália e Nova Zelândia e deixou milhares de passageiros na espera durante os seis dias de caos em diversos aeroportos dois países.
Apesar de que a atividade do vulcão se reduziu, a nuvem de cinza se aproxima novamente da Oceania e "tudo parece indicar que cobrirá toda Austrália", disse o diretor do Centro de Vigilância de Cinzas, Andrew Tupper.
O complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, a mais de 9 mil quilômetros da Nova Zelândia, entrou em erupção em 4 de junho e criou uma nuvem de cinza que alterou as operações aéreas na Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, assim como a Austrália e Nova Zelândia.