Mundo

Virada Sustentável promete mais de 300 atrações em SP

Evento inspirado na Virada Cultural ocorre na capital paulista entre 4 e 5 de junho

A Virada Cultural em Sâo Paulo: novo evento é focado no meio ambiente (Wikimedia Commons)

A Virada Cultural em Sâo Paulo: novo evento é focado no meio ambiente (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 15h26.

São Paulo - Os organizadores da 1ª Virada Sustentável de São Paulo - uma espécie de Virada Cultural com temas ligados ao meio ambiente e qualidade de vida - anunciaram hoje que o evento previsto para os dias 4 e 5 de junho terá mais de 300 atrações, em 60 locais diferentes da capital paulista. Entre eles estão sete parques, museus, estações de metrô, shoppings, cinemas, livrarias, além de outros pontos, como a Pinacoteca do Estado, o Mercado Municipal e a Estação Ciência.

No sábado, dia 4, a programação acontecerá das 8 horas até a meia-noite, e domingo (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, das 8 horas às 20 horas. Todas as atrações serão gratuitas. A abertura será nos parques, entre eles o Ibirapuera, o Villa-Lobos e o da Água Branca, com sessões de meditação e ioga, a partir das 8 horas de sábado.

"A Virada Sustentável será uma reunião de atrações com conteúdo ligado a temas da sustentabilidade", disse o jornalista André Palhano, organizador do evento. "A ideia é levar essas informações para a população de um jeito agradável, não pela restrição, dizendo 'isso pode ou isso não pode'", explica.

Ao contrário da Virada Cultural, a Virada Sustentável não vai se estender pela madrugada. Segundo Palhano, a organização decidiu recusar a proposta de uma "balada sustentável". Foi vetado inclusive o patrocínio de empresas de bebidas alcoólicas e tabaco. O nome "Virada", porém, foi mantido porque virou sinônimo de atividades culturais gratuitas e de qualidade na cidade, explica Palhano. "Também dá a ideia de virada de cabeça, de postura", acrescenta.

A expectativa é de que 2 milhões de pessoas participem do evento, que terá exposições, mostras de filmes, oficinas educativas, teatro infantil e palestras. Essa expectativa de público leva em conta as pessoas que devem ter contato com a Virada em locais movimentados, como o Parque Ibirapuera e algumas estações de metrô. Uma das empresas apoiadora da Virada pretende fazer um inventário de gases causadores do efeito estufa emitidos durante a maratona, levando em conta o público, o consumo de água e energia e a utilização dos transportes. Em seguida, a empresa promete plantar de 4 mil a 6 mil árvores para neutralizar a emissão de gás carbônico.

Programação

Entre os destaques da programação estão o circuito popular de corrida de rua no Parque Ecológico do Tietê; a instalação "Urban Trash Art", com lixo reciclado, no Museu da Imagem e do Som (MIS); uma mostra de cinema com filmes engajados, no Instituto Goethe; a exposição "Somos Terra" com jogos e peças interativas sobre a natureza, no Parque Ibirapuera; uma palestra sobre bioconstrução na Universidade de São Paulo (USP); a feira de troca de livros, CDs, roupas e brinquedos na Rua Fidalga, na Vila Madalena; além de várias peças de teatro infantil e oficinas que ensinam o cultivo de hortas, artesanato e reciclagem.

A escola de samba paulistana Leandro de Itaquera também vai aproveitar a Virada para lançar seu enredo do carnaval 2012, cujo tema será o meio ambiente. A escola vai se apresentar no Parque Villa-Lobos, no domingo. A programação completa, com detalhes de horários e locais, estará disponível no site na internet http://www.viradasustentavel.com a partir de segunda-feira.

Na apresentação à imprensa hoje, a organização não tinha uma estimativa do custo do evento. Segundo Palhano, cerca de 10% foi bancado por empresas patrocinadoras, e a maior parte foi financiada pelas próprias organizações responsáveis pelas atrações, entre elas organizações não governamentais (ONGs) como Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto Akatu, Rede Nossa São Paulo, WWF Brasil e outras. A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual dão apoio institucional à Virada Sustentável, cedendo espaços públicos. "Não gastamos um centavo de dinheiro público", afirmou Palhano.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMeio ambienteMetrópoles globaisSão Paulo capitalSustentabilidade

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista