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Violência deixa ao menos 25 mortos na Síria

Repressão chegou a capital Damasco, onde oito pessoas foram mortas pelas forças de Bashar al-Assad

Crianças brincam com armas de brinquedo em Homs, na Síria: cidade é uma das mais reprimidas pelo governo (Joseph Eid/AFP)

Crianças brincam com armas de brinquedo em Homs, na Síria: cidade é uma das mais reprimidas pelo governo (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 17h12.

Cairo - Pelo menos 25 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria em uma jornada de violência que se estendeu a Damasco, onde oito civis perderam a vida, embora a capital tenha se mantido relativamente à margem das revoltas populares, segundo os grupos opositores.

Em comunicado, os Comitês de Coordenação Local informaram sobre a morte de oito pessoas em Damasco, sete na cidade de Homs, quatro na província de Hama, três na de Deraa, dois em Deir ez-Zor e uma em Idlib.

Na capital, que desde o início das revoltas em março passado se mostrou fiel ao regime de Bashar al Assad, com protestos isolados, as mortes ocorreram devido aos tiros das forças de segurança contra os presentes ao funeral de uma vítima nesta madrugada no bairro de Barza.

Homs, um dos principais redutos da oposição a Assad, continua assediada pelas tropas governamentais, que nas últimas semanas deixaram dezenas de vítimas só nesta cidade.

Quanto à província de Deraa, tanto os Comitês como a entidade opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) indicaram que três civis, entre eles um menor de idade, morreram baleados na localidade de Enkhel.

O OSDH informou ainda sobre a morte de pelo menos sete soldados em confrontos com militares desertores em várias localidades de Hama, embora os Comitês não tenham especificado se as vítimas nesta província seriam civis ou militares.

Também houve combates entre o Exército e homens armados supostamente dissidentes na localidade de Khan al Sabl, na província de Iblib.

Reforços militares chegaram à localidade de Maarat al-Numan, em Idlib, onde uma pessoa morreu, para colocar barricadas. Forças de segurança e francoatiradores se mobilizaram na área.

A crise continua na Síria, apesar do compromisso assumido pelo regime de Assad no último dia 2 de interromper a violência, recuar as forças armadas e libertar os prisioneiros que participaram dos protestos e não cometeram crimes violentos.

Desde meados de março passado, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime de Bashar al-Assad. Ao menos 3,5 mil civis já foram assassinados pelas forças governamentais, conforme os últimos números divulgados pela ONU nesta terça-feira em Genebra (Suíça)

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