Ao menos 21 pessoas morreram, incluindo dois policiais, durante distúrbios em Moçambique após a ratificação da vitória do candidato governista, Daniel Chapo, nas eleições presidenciais de outubro. A violência começou nesta segunda-feira, segundo informações do governo local.
O Conselho Constitucional confirmou que Chapo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), obteve 65% dos votos, enquanto seu principal opositor, Venâncio Mondlane, ficou com 24%. Mondlane denuncia fraudes eleitorais e pede a intensificação dos protestos.
A escalada da violência
O ministro do Interior, Pascoal Ronda, informou que nas últimas 24 horas foram registrados 236 "atos de violência grave". Entre os incidentes, 25 pessoas ficaram feridas, sendo 13 policiais. A capital, Maputo, vive um clima de medo, com barricadas bloqueando estradas e vias de acesso ao aeroporto.
Mouzinho Saide, diretor do hospital central de Maputo, relatou que a unidade opera em condições críticas devido à falta de pessoal. Mais de 90 feridos deram entrada no hospital, incluindo vítimas de tiros e armas brancas.
A União Europeia pediu "moderação a todas as partes", enquanto delegacias e outras infraestruturas públicas foram alvos de vandalismo no norte do país, região com forte oposição à Frelimo.
Figuras públicas buscam segurança
Os escritores Mia Couto e José Eduardo Agualusa, residentes em Moçambique, informaram estar seguros. Couto e sua família buscaram abrigo na África do Sul, enquanto Agualusa e seus familiares também deixaram o país.
Muitos moçambicanos acreditavam que essas eleições poderiam encerrar décadas de domínio da Frelimo, no poder desde a independência em 1975. No entanto, a ratificação dos resultados consolidou o controle do partido, que ocupa ampla maioria na Assembleia Nacional.
"Humilhação do povo"
Mondlane acusou o Conselho Eleitoral de "legalizar a fraude". Seu partido, alinhado à oposição, criticou a falta de transparência do processo eleitoral. Veículos foram incendiados, delegacias atacadas e uma prisão teve 86 detentos fugindo durante os confrontos.
Os protestos expõem a desigualdade persistente em Moçambique, um dos países mais desiguais do mundo. Para muitos, o resultado das eleições representa mais um episódio de exclusão política e econômica.
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Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira
(Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira)
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Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira
(Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.
(Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.)
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Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira
(Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira)
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9/20
Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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10/20
Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
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11/20
Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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12/20
Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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14/20
Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.
(Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.)
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15/20
Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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16/20
Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas..)
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Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.
(Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.)
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Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)