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Vila Sésamo pede fim de anúncio de Garibaldo contra Romney

O programa disse em seu site que é "uma organização não partidária, sem fins lucrativos, e que não apoia candidatos nem participa de campanhas políticas"

Garibaldo: a campanha de Obama disse que recebeu a notificação do programa e analisará se deixará de usar imagem do personagem (Getty Images)

Garibaldo: a campanha de Obama disse que recebeu a notificação do programa e analisará se deixará de usar imagem do personagem (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 19h47.

Washington - Os responsáveis pelo programa infantil Vila Sésamo pediram nesta terça-feira que a campanha pela reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retire o anúncio de televisão que usa o personagem Garibaldo para atacar o desafiante republicano, Mitt Romney.

O programa disse em declaração publicada hoje em seu site que é "uma organização não partidária, sem fins lucrativos, e que não apoia candidatos nem participa de campanhas políticas".

Por isso, solicita que o anúncio apresentado nos últimos dias pela campanha democrata seja "retirado". A campanha de Obama disse que recebeu a notificação e analisará o caso.

No anúncio de Obama, uma voz em off fala dos investidores condenados por fraude Bernie Madoff, Ken Lay e Dennis Kozlowski como "criminosos" e "avarentos" e depois pergunta: "e o gênio do mal que avança sobre eles?", enquanto aparece uma silhueta de Garibaldo, personagem da Vila Sésamo que as crianças americanas conhecem como "Big Bird".

Garibaldo, uma "ameaça para nossa economia", diz a voz em off, que na sequência afirma que Romney "sabe que não tem que se preocupar com Wall Street, mas sim com a Vila Sésamo".

O personagem infantil se transformou em mais um elemento da campanha eleitoral nos EUA quando Romney o citou em seu primeiro debate televisivo com Obama na quarta-feira passada na Universidade de Denver.


"Quero menos gastos públicos e estimular o crescimento econômico ao mesmo tempo", defendeu Romney na quarta-feira, para depois acrescentar: "que gastos poderíamos cortar? Pois sinto muito Jim - dirigindo-se ao moderador, Jim Lehrer, jornalista da televisão pública americana, "PBS" - mas cortarei o subsídio da "PBS"".

Diante da cara de assustado do moderador, Romney tratou de suavizar o tom: "Eu gosto da "PBS", eu gosto do Garibaldo, e também gosto de você, Jim!".

"Mas não vou continuar gastando dinheiro público para depois pedir dinheiro emprestado à China", afirmou em referência ao aumento do déficit público americano.

Os republicanos criticaram o anúncio democrata com o argumento de que se concentra em assuntos "irrelevantes" e não em outros "mais urgentes", como a economia e a situação no Oriente Médio. 

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