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Vieram apenas pelo aloz e petlóleo? diz Kirchner a chineses

Cristina Kirchner fez piada no Twitter com a pronúncia dos chineses durante visita a Pequim, em visita oficial para acordos econômicos


	Presidente argentina Cristina Kirchner: na realidade, a chefe de Estado parafraseou uma opinião muito difundida entre seus opositores
 (Marcos Brindicci/Reuters)

Presidente argentina Cristina Kirchner: na realidade, a chefe de Estado parafraseou uma opinião muito difundida entre seus opositores (Marcos Brindicci/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 19h38.

Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner, escreveu nesta quarta-feira um tuíte no qual supostamente imita a pronúncia dos chineses, com palavras como "aloz" e "petlóleo", durante visita a Pequim, onde está em visita oficial para consolidar acordos econômicos.

"Serão todos de 'La Cámpola'? Vieram apenas pelo 'aloz' e pelo 'petlóleo?", escreveu a presidente, ao destacar a forte presença a um evento durante sua viagem ao país asiático.

Kirchner trocou a letra "r" pelo "l", aparentemente brincando com a sonoridade do mandarim para os falantes de espanhol, como ela.

'La Cámpora' refere-se à organização juvenil do partido do governo, cujo líder supremo é Máximo Kirchner, filho da presidente e do falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003/2007).

Na realidade, a chefe de Estado parafraseou uma opinião muito difundida entre seus opositores, segundo os quais as mobilizações oficiais importantes estão repletas de militantes de 'La Cámpora', que são atraídos pelo 'choripán' (sanduíche de linguiça) e o refrigerante.

O Twitter explodiu com piadas e críticas ao comentário de Kirchner e a 'hashtag' #LaCampola se tornou um dos principais assuntos da rede social na Argentina. Pouco depois, anônimos abriram uma conta denominada @LaCampola, autodefinida como "Glupo Kilchnelista Chinês-Algentino, vamos atlás de tudo!".

Mas nem em todos os lugares a brincadeira caiu bem. A revista americana Time intitulou em uma nota que a presidente argentina debochou dos chineses e a revista nova-iorquina Business Insider qualificou o caso em um tuíte como "uma piada extremamente ofensiva".

Apesar disso, a Associação Cultural Chinesa-argentina, que cuida do ensino do mandarim no país, levou o caso com humor.

"Não considero uma ofensa. Há coisas mais importantes. A gente faz piadas, por exemplo, sobre como falam os galegos, mas de forma carinhosa. Talvez ela quisesse fazer uma brincadeira", disse à AFP a presidente do grupo, Ana Kuo, de 44 anos, residente na Argentina desde os 13.

A própria presidente reagiu com bom humor às críticas que choveram nas redes sociais.

"Sorry. Sabe o que mais?", escreveu a presidente, "É que é tanto o excesso de ridículo e o absurdo, que só se digere com humor. Se não, são muito, mas muito tóxicos".

Kirchner está em Pequim desde a segunda-feira e reuniu-se nesta quarta com o colega Xi Jinping, com quem assinou 15 acordos.

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