Vídeo: os funcionários alegam ter agido em legítima defesa diante do comportamento agressivo dos animais (Youtube/Reprodução)
EFE
Publicado em 28 de julho de 2017 às 11h12.
Última atualização em 28 de julho de 2017 às 11h13.
Pequim - Imagens vazadas que mostram cuidadores empurrando violentamente e jogando pandas no chão se espalharam nas redes sociais da China, o que gerou fortes críticas e obrigou o zoo a investigar o caso.
No vídeo, dois profissionais arremessam os animais com força no chão e os empurram em um dos espaços da Base de Pesquisa e Criação de Panda de Chengdu, no sudoeste do país, a principal reserva destes animais, que são considerados um verdadeiro símbolo nacional.
https://www.youtube.com/watch?v=ywyLvg7QvFI
A publicação dos vídeos em redes sociais chinesas, como Weibo (equivalente ao Twitter), gerou milhares de críticas, o que levou a reserva a interrogar os cuidadores, revelou a imprensa oficial chinesa nesta sexta-feira.
Os protagonistas alegaram que um dos pandas se comportou violentamente quando eles tentaram alimentar os filhotes e, por isso, eles agiram em legítima defesa.
"Ele mordeu a minha mão e começou a sangrar. Quando tentou me morder outra vez, eu o empurrei instintivamente. Quando (os pandas) estão contentes atuam com normalmente, mas se percebem algum estímulo externo podem reagir de forma bastante violenta", contou o cuidador, Guo Jingpeng, em declarações divulgadas pela agência "Xinhua".
Wu Kongju, especialista da reserva, afirmou que, às vezes, os pandas podem sim reações muito exageradas.
"Ainda que parecem animais calmos, são bastante fortes e podem ser violentos", afirmou.
Apesar das explicações, a reserva pediu que os cuidadores sejam mais cautelosos na hora de responder os animais, já que, por vezes, eles simplesmente querem brincar.
A China, único habitat natural de pandas, tem 2.100 exemplares, sendo que 1.800 vivem em liberdade.
Em setembro de 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) retirou o panda da lista de espécies em risco de extinção para cataloga-lo como espécie "vulnerável".