Hashemi fala com a imprensa após veredicto: há vários meses, Hashemi denuncia um processo judicial com uma finalidade puramente política (©AFP / Adem Altan)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2012 às 09h13.
Ancara - O vice-presidente iraquiano Tarek al-Hashemi, refugiado na Turquia, rejeitou nesta segunda-feira a condenação à morte à revelia pronunciada no domingo em Bagdá e exigiu um novo "processo justo" antes de poder retornar ao país.
"Rejeito totalmente este veredicto com motivação política", declarou o vice-presidente em Ancara aos jornalistas, um dia depois do anúncio da sentença por um tribunal de Bagdá, pelos assassinatos de uma advogada e um general.
Hashemi, um dos principais dirigentes sunitas do Iraque, refugiado desde abril na Turquia, onde vive com a família sob a proteção do Estado turco, que não aceita extraditá-lo, disse que não retornaria a Bagdá sem a garantia de um "processo justo".
A justiça iraquiana acusa Hashemi e alguns membros de sua equipe por 150 crimes, sobretudo o assassinato de seis juízes e várias autoridades, incluindo o diretor geral do ministério da Segurança Nacional.
Ele e seu secretário pessoal, que também é seu genro, foram condenados à morte pelo assassinato de uma advogada e do general Talib Belasim
Há vários meses, Hashemi denuncia um processo judicial com uma finalidade puramente política por causa do conflito entre o bloco Iraqiya, ao qual ele pertence, dominado pelos sunitas, e o primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, a quem acusa de autoritarismo.