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Vice-presidente dos EUA tenta acalmar premiê do Iraque

Após comentário do chefe do Pentágono, Joe Biden ligou para Haider al Abadi para reafirmar o apoio dos EUA à luta do Iraque contra o EI


	O vice-presidente americano Joe Biden: chefe do Pentágono disse que as forças iraquianas não mostraram "vontade" de lutar contra o EI
 (Saul Loeb/AFP)

O vice-presidente americano Joe Biden: chefe do Pentágono disse que as forças iraquianas não mostraram "vontade" de lutar contra o EI (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 16h18.

Washington - O vice-presidente americano, Joseph Biden, ligou nesta segunda-feira para o primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, para "reafirmar o apoio dos Estados Unidos" à luta iraquiana contra o Estado Islâmico (EI), em uma tentativa de tranquilizar seu aliado após um polêmico comentário do chefe do Pentágono, Ashton Carter.

A conversa aconteceu pouco depois de Abadi criticar declarações que Carter fez neste domingo, nas quais afirmava que as forças iraquianas não mostraram "vontade" de lutar contra o EI em Ramadi e isso permitiu que os jihadistas conseguissem ocupar essa cidade há poucos dias.

Em seu telefonema para o chefe do governo do Iraque, Biden "reconheceu o enorme sacrifício e coragem das forças durante os últimos 18 meses em Ramadi e em outros lugares", segundo informou a Casa Branca em comunicado.

"O vice-presidente prometeu o completo apoio dos EUA aos esforços iraquianos para libertar o território do EI, incluída a provisão acelerada de equipamentos e treinamento dos Estados Unidos para enfrentar a ameaça representada por uso de caminhões-bomba por parte do EI", explicou a Casa Branca.

Em uma entrevista à emissora de televisão britânica "BBC", Abadi se mostrou hoje "surpreendido" pelos comentários de Carter.

"(Carter) apoiou muito o Iraque e tenho certeza que lhe deram informação incorreta" sobre as forças iraquianas, assegurou Abadi.

O secretário de Defesa dos EUA fez seus polêmicos comentários em entrevista neste domingo ao canal "CNN", na qual opinou que a tomada de Ramadi demonstra que parece haver "um problema com a vontade dos iraquianos para brigar contra o EI e defender-se".

"O que aparentemente aconteceu foi que as forças iraquianas simplesmente não mostraram vontade de lutar", destacou Carter.

Essas declarações de Carter são as mais duras realizadas por altos representantes do governo do presidente Barack Obama por causa da perda de Ramadi, capital da província iraquiana de Al-Anbar.

Por sua vez, Abadi garantiu hoje que a cidade iraquiana de Ramadi poderia ser recuperada "em dias" após ser tomada pelo EI, em sua entrevista à "BBC".

O primeiro-ministro defendeu que as forças iraquianas "têm vontade de lutar, mas ficaram paralisadas pelo ataque violento" do EI, pois contavam com carros carregados com explosivos cujo efeito era de "uma pequena bomba nuclear".

O grupo jihadista conseguiu há uma semana, graças a uma ofensiva relâmpago, com o controle de Ramadi, cidade que o exército iraquiano tenta recuperar com o apoio de milícias xiitas e voluntários tribais.

"Meu coração sangra porque perdemos Ramadi, mas eu posso assegurar que a recuperaremos em breve", disse o primeiro-ministro, ressaltando a necessidade de mais apoio internacional porque os militantes do EI estão usando novas táticas de combate.

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