Vice-presidente do Iêmen, Khaled Bahah: o porta-voz responsabilizou os rebeldes houthis e as milícias do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, aliado dos rebeldes, pelo ataque (Reuters/Mohamed al-Sayaghi)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2015 às 08h20.
Sana - O vice-presidente e primeiro-ministro do Iêmen, Khaled Bahah, saiu ileso nesta terça-feira de um ataque com mísseis contra o hotel em que estava alojado na cidade de Áden, no sul do país, informou o porta-voz do governo Rayeh Badi.
O porta-voz informou que tanto Bahah como os membros do governo que estavam no hotel, que serve como sede provisória do Executivo, saíram ilesos do ataque, que aparentemente causou vítimas entre as forças de segurança presentes no local.
Badi responsabilizou os rebeldes houthis e as milícias do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, aliado dos rebeldes, pelo ataque.
Bahah estava no hotel Al Qasr de Áden desde que retornou de seu exílio na Arábia Saudita no dia 16 de setembro, junto com vários membros do governo, semanas depois da libertação da cidade, que estava nas mãos dos rebeldes houthis.
O hotel fica no bairro de Al Mansura e está fortemente protegido pelas forças leais ao presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour Hadi e por soldados da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.
Segundo testemunhas consultadas pela Agência Efe, três explosões foram ouvidas e, em seguida, uma nuvem de fumaça foi vista no local onde está o hotel.
Além disso, meios de informação ligados ao governo em Áden informaram que outro projétil atingiu um quartel das forças dos Emirados Árabes Unidos (EAU), situado na região de Al Briiqa, a poucos quilômetros do hotel atacado.
As fontes indicaram que as explosões tinham causado vítimas entre os militares do exército dos EAU, mas não precisaram o número.
Além disso, essas mesmas fontes relataram que uma sede militar das forças leais a Hadi foi atacada com um míssil na região de Al Shaab, também na província de Áden, o que causou um número indeterminado de vítimas.
Os rebeldes houthis, que controlam o norte do país, inclusive a capital Sana, iniciaram um levante em setembro do ano passado após acusarem o presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e seu Executivo de obstruir a aplicação do acordo de reconciliação alcançado pelas distintas forças iemenitas.
Um ano depois da invasão dos rebeldes houthis à capital iemenita, o caos segue reinando no país, arrasado por combates e bombardeios protagonizados por partidários e opositores de Hadi, que conta com o apoio de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.